Bangladesh indicia vencedor do Nobel Muhammad Yunus por fraude

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Yunus, de 83 anos, que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2006 pelo pioneirismo no microcrédito para ajudar pessoas pobres, especialmente mulheres, declarou-se inocente e está em liberdade sob caução.

O vencedor do Nobel disse aos jornalistas que as autoridades o estavam "a assediar" e a outros colegas, negando estar envolvido em qualquer tipo de fraude.

Num tribunal de Daca, o juiz especial Syed Arafat Hossain rejeitou os recursos a pedir que as acusações - que giram em torno da Grameen Telecom, organização sem fins lucrativos de Yunus - fossem retiradas.

O Ministério Público acusou Yunus e outras pessoas de desviarem 250 milhões de takas (cerca de 1,8 milhões de euros) do fundo de bem-estar dos trabalhadores da Grameen Telecom, que detém 34,2% da maior empresa de telefonia móvel do país, a Grameenphone, uma subsidiária da gigante norueguesa de telecomunicações Telenor.

Os envolvidos também são acusados de branqueamento de capitais.

Hossain disse que a acusação conseguiu, preliminarmente, manter o seu argumento sobre as acusações de apropriação indevida de fundos e envio ilegal de dinheiro para o estrangeiro, acrescentando que o julgamento terá início em 15 de julho.

Em janeiro, Yunus foi condenado a seis meses de prisão num outro caso, que envolve a violação de leis trabalhistas. O vencedor do Nobel recebeu o direito de ficar em liberdade sob caução enquanto aguarda o veredicto final.

No ano passado, mais de 170 líderes globais e laureados com o Nobel pediram à primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, para suspender os processos judiciais contra Yunus.

Os seus apoiantes dizem que Yunus é um alvo devido a sua relação complicada com a primeira-ministra Sheikh Hasina. O Governo do Bangladesh negou tais acusações.

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