Bankinter vê como positivos apoios públicos para jovens comprarem casa

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O grupo Bankinter considera que as medidas para apoiar os jovens a comprar casa são iniciativas positivas, tanto em Espanha como em Portugal.

O Governo português decidiu avançar com um conjunto de medidas para apoiar os jovens na compra de casa, um passo que também já tinha sido dado em Espanha. O grupo Bankinter vê estas medidas como positivas e diz estar pronto para implementá-las junto dos clientes em Portugal.

“Parece-nos uma boa iniciativa. Tudo o que ajude os jovens a comprarem casa é positivo”, afirmou Jacobo Diaz Garcia, administrador do Bankinter, na apresentação de resultados referentes ao primeiro semestre quando o banco obteve lucros líquidos de 473,5 milhões de euros.

O responsável referiu ainda que este apoio deverá ter procura em Portugal e que a instituição financeira vai conceder “qualquer financiamento hipotecário para os jovens portugueses”. O Governo liderado por Luís Montenegro decidiu avançar com uma garantia pública destinada aos jovens – entre os 18 e 35 anos e rendimentos mensais até 5.800 euros brutos – que queiram comprar casa até um montante máximo de 450 mil euros.

Este apoio é adotado num período que tem sido marcado pelas taxas de juro elevadas, o que tem travado a procura por crédito à habitação. Uma tendência que deverá agora inverter-se depois de o Banco Central Europeu ter avançado com o primeiro corte das taxas de juro. Este movimento terá impacto na margem financeira dos bancos.

“A descida dos juros vai afetar a margem [em Portugal] como acontece em Espanha”, afirmou o administrador financeiro, garantindo que o banco vai trabalhar para compensar isto. Relembrou ainda que é preciso ter em conta que o produto bancário é a conjugação da margem financeira e das comissões. “E as comissões cresceram de forma notável este semestre”, disse.

Sobre a possibilidade de o Bankinter avançar com a compra de bancos em Portugal, Gloria Ortiz, CEO do grupo, afastou essa possibilidade, afirmando que “não temos intenção de participar em operações” de compra em Portugal onde, referiu, a grande aposta agora passa por um “investimento significativo em digitalização”, com objetivo de melhorar a experiência do cliente e tornar os processos mais eficientes, sem dar um montante para esse mesmo investimento.

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