BASKET - ANTEVISÃO | Eis o FC Porto 2024/25

3 horas atrás 22

Está a chegar a Liga Betclic 2024/25 e o zerozero dá-lhe a conhecer cada uma das 12 equipas, numa antevisão com tudo o que precisa de saber. As mudanças no plantel, a estrela e ainda declarações exclusivas dos treinadores.

Fernando Sá tem vindo a fazer a equipa do FC Porto crescer desde a sua chegada e o ano passado chegou a todas as finais e ganhou um troféu (Taça de Portugal). Agora, quer dar continuidade a este projeto criado no Dragão, dar o próximo passo e acabar com uma longa seca ao nível do campeonato, mas não se quer ficar por aqui.

Plantel: A renovação para esta época surgiu, essencialmente, no lote de jogadores estrangeiros, com quatro novas peças que se esperam importantes, mas os dragões não deixam de ter um lote de jogadores portugueses invejável. Apesar disso, a adição de um nome como o do ex-NBA e campeão nacional Toney Douglas fala por si da aposta feita para esta época.

Estrela: Apesar da chegada de Toney Douglas, pelo peso e tempo que tem no clube, o papel principal na equipa do FC Porto, quando saudável, continua a pertencer ao base norte-americano Max Landis. Ao nível esperado, é o líder da equipa, anímica e ofensivamente, retratando a mística que os dragões querem impor dentro e fora de campo.

Treinador: Fernando Sá, nome da casa, parte para a sua 3ª época no comando do FC Porto e tem dado passos, a nível desportivo, todos os anos. Na última época, os dragões chegaram a todas as finais, conquistaram um troféu e ainda deram boa conta de si na Europa. O projeto montado pelo técnico luso está a dar frutos e este mostra a ambição de continuar nessa direção.

Dragões venceram Taça de Portugal na época passada @FPB

«Não há alternativa no FC Porto a tudo o que seja estarmos presentes nas finais e na luta pelos títulos»

Plantel e reforços: «São fatores que acontecem com naturalidade. O nosso campeonato serve muitas vezes de trampolim para alguns jogadores e aparecem situações competitivas e financeiras com a qual não conseguimos competir. Outros surgem por opção. Queremos melhorar algumas áreas do jogo, no campo e fora dele. Relativamente aos quatro reforços estrangeiros, tentámos acrescentar qualidade, experiência e conhecimento do nosso campeonato. Jogadores de mais fácil adaptação, no caso do Toney Douglas está habituado a lutar por títulos nacionais. Falta à nossa equipa o hábito de vencer competições. Neste trajeto de dois anos, construímos muita coisa no primeiro ano, apesar de não termos títulos e finais. No segundo ano, com as finais todas e a conquista da Taça de Portugal, demos um passo em frente para ambicionarmos vencer este campeonato. Perdemos o Kloof por causa dos seus problemas com lesões. Acrescentámos dois bases. O Washpun aproxima-se do estilo de jogo do Kloof, com a agressividade, explosividade, conhecimento, espírito de grupo e liderança. Encaixa bem nessa função que eu gosto de ter. O Toney Douglas tem vastíssima experiência, ao mais alto nível e que provou que está em Portugal sem olhar para o basquetebol numa fase decadente, mas sim com perspetivas de futuro. O risco de trazer jogadores de elevado valor, mas com determinadas idades, é que já não vêm com a intenção de por em prática o que têm. Tem demonstrado ser um vencedor e extremamente competitivo. Estou muito satisfeito e tem demonstrado tudo o que esperávamos.»

Final do campeonato passado: «Perdemos um pouco o foco no pós-competições europeias. Acontece com alguma frequência. É uma das razões pela qual espero que corram bem as opções tomadas este ano. Especialmente os jogadores estrangeiros/norte-americanos não conhecem o nosso campeonato, os próprios agentes não lhes transmitem respeito e a partir de certa altura desligam-se um bocadinho. Na parte final do campeonato, o interesse pelo título não era a prioridade. Quando assim é, numa equipa de basquetebol, onde somos poucos, a dinâmica fica mais complicada.»

Objetivos: «É um cliché. Não há alternativa no FC Porto a tudo o que seja estarmos presentes nas finais e na luta pelos títulos. Para mim, vai muito além disso. A derrota tem um peso muito grande. O campeonato todo tem que ser levado com muita seriedade. Vencer as competições é o mais importante, mas o peso da derrota é muito grande e temos que encarar todos os jogos com a mesma seriedade. Todas as equipas se motivam contra nós e no momento em que não as respeitarmos terá um peso na classificação final. Em termos europeus e da forma como a FIBA Europe Cup está organizada, que no fundo é a 4ª divisão das competições europeias, mas há duas praticamente fechadas – Euroliga e EuroCup -, tem melhorado muito a qualidade das equipas e do jogo. Para nós tem sido fundamental. Temos representado o clube da forma como ele merece. Nos quartos de final já encontramos equipas de outros campeonatos, com maiores orçamentos, mas penso que este ano, se tivermos sorte, acho que podemos competir de forma mais ambiciosa do que nas épocas anteriores.»

Liga: «O campeonato está mais competitivo e no momento em que não respeitarmos as equipas que são tão candidatas ao título as surpresas aparecem. O papel mais difícil de treinador é arranjar a melhor estratégia para que a equipa se mantenha motivada da mesma forma em todos os jogos. O nível vai subir com os seis estrangeiros, a competição vai subir, vão haver mais derrotas e surpresas. Temos que estar muito consistentes e focados para conseguir o que queremos: títulos.»

Aumento limite de estrangeiros: «Já tive uma opinião contrária. Estando em funções e lugares diferentes. Quando estava no Vitória era diferente. O número de portugueses tem baixado, a qualidade tende a ser mais reduzida também. Do ponto de vista de treinador do FC Porto, uma equipa que joga competições europeias, é imprescindível, porque realmente nós competimos contra campeonatos fortíssimos, onde os nacionais, muitas vezes, são os estrangeiros do nosso campeonato. É importante termos mais uma alternativa. Este ano, conseguimos ter com o Delgado, Queiroz, Maria, o Hugo e com o Luís um banco mais profundo, que nos dá mais ambição e responsabilidade. Além disso, vamos jogar de três em três dias, com viagens complicadas e vai sempre aparecer lesões e jogadores cansados. Podermos ter um para rotação nas competições internas é importante.»

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