BCE admite quebra na atividade e abre porta a recessão a fechar 2023

9 meses atrás 92

A possibilidade de uma recessão técnica mantém-se em cima da mesa e ganha força com os mais recentes indicadores de confiança e sectoriais, segundo Luis de Guindos e Isabel Schnabel.

O Banco Central Europeu (BCE) reconhece o abrandamento da economia europeia no final do ano passado e projeta que a situação seja difícil de inverter nos próximos meses, dado o peso do ciclo monetário e a fraca procura, tanto interna, como externa. Dois dos vice-presidentes do organismo admitiram esta semana as dificuldades que envolvem a zona euro e o Boletim Económico de janeiro explora as perturbações na atividade industrial e dos serviços, resultando numa provável recessão a fechar 2023.

O ciclo de subidas dos juros teve um impacto negativo sobre a atividade económica durante o ano passado, sobretudo na segunda metade, dados os atrasos com que a política monetária se faz sentir na economia real, lê-se no Boletim Económico de janeiro divulgado ontem. Este abrandamento fez-se sentir com magnitudes e timings distintos no sector industrial e dos serviços, com este último a resistir melhor inicialmente, mas com ambos a fechar o ano numa situação de clara contração.

Segundo a análise dos técnicos do BCE, o sector industrial respondeu mais rapidamente às subidas de juros, um cenário consistente com a literatura económica clássica. Explica o banco, a “maior dependência da procura externa através do comércio e competitividade, as cadeias de fornecimento mais longas e a maior necessidade de capital produtivo” na indústria significa uma maior transmissão da política monetária às empresas neste ramo, que depois também impacta os serviços.

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