BCE alerta que finanças dos países do euro estão em risco e exige redução da dívida

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BCE quer ver países a reduzirem peso da dívida. E avisa que o inverno demográfico, gastos com defesa e alterações climáticas podem agravar os PIB dos países em 3%.

O Banco Central Europeu (BCE) alertou hoje que as finanças dos países da zona euro estão em risco, defendendo a redução imediata da dívida, num momento em que enfrentam vários riscos orçamentais, como o inverno demográfico, gastos em defesa e alterações climáticas.

“Estes desenvolvimentos serão suficientemente desafiantes e os países irão enfrentá-los todos simultaneamente. Consequentemente, é preciso tomar medidas hoje, especialmente em países muito endividados”, segundo um artigo publicado hoje pelo BCE, citado pela “Bloomberg”.

Os esforços orçamentais requerem uma resposta a estes desafios específicos que podem ter um impacto de, pelo menos, 5% no PIB. “O necessário ajustamento orçamental é grande por padrões históricos, mas não sem precedentes”.

A Comissão Europeia repreendeu hoje França, Itália e outros países por terem défices orçamentais acima do limite de 3%. Já Portugal saiu hoje da lista de países com desequilíbrios macroeconómicos, devido à redução das vulnerabilidades que deixaram de justificar a monitorização de Bruxelas.

“Os desafios com a sustentabilidade orçamental são baixos em todos os estados-membros no curto prazo, e são elevados no médio-longo prazo em vários países, devido ao aumento do, ou elevado, rácio da dívida em alguns estados-membros”, segundo Bruxelas.

O BCE aconselha os governos a aumentar os saldos primários para 2% do PIB, de forma a atingir um rácio de dívida sobre o PIB de 60%, até 2070, face aos níveis atuais.

E fatores como o envelhecimento da população, gastos com defesa e alterações climáticas podem agravar os défices em 3% em média.

“As políticas económicas devem procurar gradualmente reduzir elevados níveis de dívida pública e preparar para o futuro, o que também vai ajudar a garantir um ambiente saudável para a conduta da política monetária na zona euro”, segundo a instituição de Frankfurt.

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