BCE quer governos a apoiar a economia e a reduzir dívida

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Governos da zona euro devem “retirar os apoios” relacionados com o combate à crise energética, defendeu hoje a líder do BCE.

O Banco Central Europeu (BCE) espera uma postura diferente por parte dos governos com o fim da crise energética.

Christine Lagarde defende que os governos da zona euro devem “retirar os apoios” relacionados com o combate à crise energética.

“Isto é essencial para evitar pressões inflacionárias de médio-prazo, que iriam exigir ainda mais o apertar da políticas monetária”, começou por dizer a responsável na habitual conferência de imprensa após a decisão de manter inalteradas as taxas de juro pela segunda reunião consecutiva.

“As políticas orçamentais devem ser desenhadas para tornar a nossa economia mais produtiva e para gradualmente reduzir a elevada dívida pública”, acrescentou, defendendo “reformas estruturais e investimentos” para aumentar a capacidade de fornecimento da zona euro, que podem ajudar a reduzir as pressões de preço no médio prazo, ao mesmo tempo apoiando as “transições verde e digital”.

A inflação na zona euro em novembro foi de 2,4% longe dos 10% atingidos em 2022. A taxa de depósito do BCE encontra-se atualmente num nível recorde de 4%.

Depois de 10 subidas consecutivas, o BCE mantêm as taxas inalteradas pela segunda reunião consecutiva.

Christine Lagarde garantiu hoje que as taxas de juro vão manter-se altas durante o “tempo que for necessário”. Depois de 10 subidas consecutivas, o BCE decidiu hoje manter as taxas inalteradas pela segunda reunião consecutiva.

O BCE justificou a decisão com o risco de a inflação poder vir a subir temporariamente no curto prazo. As projeções apontam para uma redução gradual em 2024 para atingir os 2% em 2025.

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