As bolsas estão a registar sentimento negativo e Lisboa não é exceção. Os títulos do BCP registam a maior descida, em linha com o mau dia que se está a registar no sector da banca.
A bolsa de Lisboa está a registar um dia negativo no meio da sessão, na medida em que o índice PSI recua 0,24%, até aos 6.645 pontos. Ainda assim, as congéneres europeias estão a registar quedas mais fortes.
O BCP está a desvalorizar mais do que qualquer outra cotada, na ordem de 2,24%, até aos 0,3673 euros por ação. Seguem-se os CTT, que recuam 1,50%, para 4,26 euros, ao passo que a Mota-Engil está a derrapar 1,42% e fica-se pelos 3,47 euros. A Greenvolt está a sofrer um corte de 0,89%, com os títulos a serem negociados nos 8,345 euros.
As energéticas salvam o índice de uma queda mais assertiva, já que a EDP sobe 1,02% e alcança 3,857 euros, ao mesmo tempo que a REN ganha 0,64%, para os 2,36 euros, enquanto a EDP Renováveis se adianta 0,55%, até aos 14,63 euros.
Entre os índices europeus as perdas são mais fortes, lideradas pelo índice agregado Euro Stoxx 50, que cai 1,71%. Seguem-se Itália e Alemanha, que perdem 1,60%, ao passo que Espanha e França recuam 0,82%. O Reino Unido regista a descida mais suave, na ordem de 0,51%.
Nas commodities, o barril de Brent sobe 0,08% e alcança os 79,58 dólares por barril.
“Os mercados europeus mantêm a tendência negativa que tem vindo a caracterizar a semana, com os investidores em modo refúgio, o que se revela na descida das yields de dívida soberana, perante maior refúgio no mercado de renda fixa”, de acordo com a análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“Esta tendência anima as empresas de utilities, um setor de caráter mais defensivo e também caracterizado por níveis mais elevados de dívida, que é o único a escapar às perdas”, escrevem os analistas, antes de olharem aos fatores negativos.
“A liderar as quedas está o Tecnológico, que recua quase 4% com as perdas de cotadas como a ASM International, BE Semi, ASML e Infineon. A pesar no setor podem estar também as más reações às contas da Intel ontem após o fecho de Wall Street, que recua mais de 20% nas negociações pré-abertura”, assinala-se .
“A tendência de recuo nas yields penaliza também o setor de Serviços Financeiros e da Banca, que se seguem nas perdas”, acrescentam os mesmos analistas.
“Em Portugal, o grupo EDP lidera os ganhos, que seguem o respetivo setor, com Sonae também a escapar às perdas. Já o BCP é o que mais perde, com os maus ventos da banca”, acrescenta-se ainda.
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