BCP dispara 7% depois de resultados e plano estratégico

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As ações do BCP disparam mais de 7% depois do ambicioso plano estratégico apresentado por Miguel Maya. Caixabank está flat. BNP Paribas e BBVA estão em queda na bolsa.

O BCP está em festa. Depois de anunciar os resultados do terceiro trimestre e o plano estratégico para 2025-2028 com distribuição aos acionistas de até 75% dos resultados, as ações do BCP sobem 7,44% para 0,45 euros. É só o valor mais alto pelo menos dos últimos seis meses.

As ações do BCP ajudam à subida do PSI que avança mais de 2%.

Justificar este entusiasmo dos acionistas está o facto de ontem o banco liderado por Miguel Maya ter reportado um resultado líquido consolidado de 228 milhões no 3.ºtrimestre deste ano, vindo 8% acima da estimativa média dos analistas, e surpreendendo mesmo a estimativa mais elevada entre as várias casas de investimento, de 223 milhões, explica a MTrader.

O produto bancário atingiu 941,8 milhões no trimestre (3,6% acima da estimativa de 908,9 milhões), com a margem financeira a totalizar 713,2 milhões, também acima dos 707,5 milhões esperados, com a subsidiária polaca a registar margem financeira recorde.

O rácio de rentabilidade ROE ficou assim nos 14,25%, muito acima dos 10% estabelecidos no seu plano estratégico até 2024 e o rácio de capital CET1 atingiu 16,5% no trimestre (acima do estimado de 16,25%).

O BCP anunciou ainda um novo plano estratégico para o período de 2025 a 2028, durante o qual espera gerar um lucro médio de mil milhões por ano, planeando distribuição de até 75% desse valor aos acionistas. 50% dos lucros serão distribuídos sob a forma de dividendos, com o diferencial a ser distribuído via recompras de ações, mediante a evolução dos rácios de capital, cujo target mínimo é de 13,5% para o período.

O BCP espera também que, durante os próximos 4 anos, o seu rácio de rentabilidade ROE seja superior a 13,5%.

O comportamento das ações do BCP contrasta com a queda das ações do BNP Paribas de 5,45%, com os investidores desiludidos com a atividade de banca de retalho.

Também o CaixaBank que hoje apresentou contas ao mercado não está a entusiasmar os investidores pois as ações sobem apenas 0,33%. Os analistas não se mostraram impressionados com o guidance, onde estima que a margem financeira se situe acima dos e11 mil milhões, precisamente o que o consenso aponta.

O banco dono do BPI espera que o rácio de capital CET1 se situe entre 11,5% e 12% este ano, ligeiramente aquém dos 12,5% que o mercado esperava. O plano de recompra de 500 milhões de euros em ações próprias também é considerado pouco ambicioso. Pretende distribuir um dividendo intercalar de 0,1488 euros por ação.

Também o BBVA que hoje apresentou resultados está a cair na bolsa 0,31%.

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