BCSD Portugal lança Guia Empresarial sobre Rastreabilidade na Cadeia de Valor

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A publicação, disponível a partir desta quinta-feira, inclui exemplos reais de empresas, o contexto legislativo, as tecnologias aplicadas, os benefícios da adoção da rastreabilidade na cadeia de valor, bem como as etapas que as empresas devem seguir na sua implementação.

O BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável disponibiliza a partir desta quinta-feira o Guia Empresarial sobre Rastreabilidade na Cadeia de Valor – roteiro para a implementação”, desenvolvido por uma task-force integrada por 12 empresas do grupo de trabalho  “Cadeia de valor e Economia Circular” do BCSD Portugal. A saber:  Algebra Capital, APCER, Bondalti, Deloitte, Delta Cafés, Fidelidade, KPMG, Lipor, NTT Data, Grupo Procme, Sonae e Vinci Energies. 

O guia inclui exemplos reais de empresas, o contexto legislativo que enquadra a rastreabilidade na cadeia de valor, as principais tecnologias aplicadas à rastreabilidade, os benefícios da adoção da rastreabilidade na cadeia de valor e, ainda, as etapas que as empresas devem seguir para a implementação de um sistema de rastreabilidade.

“A rastreabilidade confere uma elevada visibilidade e transparência ao longo da cadeia de valor. Melhora a eficiência e otimiza as operações das empresas, mas também assegura o compliance regulamentar, aumenta a confiança dos clientes e outros stakeholders e promove a competitividade, tornando-se um instrumento essencial à gestão e à tomada de decisões”, afirma Filipa Pantaleão, secretária-geral do BCSD Portugal.

A rastreabilidade na cadeia de valor é uma ferramenta de apoio à gestão com diversas vantagens, elenca o BCSD: ajuda as empresas na eficiência dos processos internos; promove a sustentabilidade através da redução do impacte ambiental; viabiliza modelos de negócio circulares; melhora a sustentabilidade social, garantindo práticas laborais justas e condições de trabalho seguras em toda a cadeia de abastecimento; contribui para a satisfação e maior confiança dos clientes e do setor financeiro; e melhora a capacidade de adaptação da empresa às alterações regulamentares, permitindo às empresas tornarem-se mais sustentáveis e competitivas.

Soluções tecnológicas disponíveis –  como o Código QR, código de barras, tecnologia RFID, marca de água digital, tecnologia NFC ou etiquetas bluetooth – permitem registar informações
sobre os movimentos e produtos ao longo da cadeia de valor, desde a origem ao fim de vida, mas também monitorizar a sua reentrada num novo ciclo de utilização. Com potencial de utilização por vários sectores, estas soluções devem ser selecionadas avaliando o seu custo, a facilidade e rapidez de implementação, a possibilidade de armazenamento de dados, a sua durabilidade e a facilidade de utilização, além da compatibilidade com a infraestrutura de TI existente.

O BCSD refere em nota enviada às redações que o documento “aponta um caminho estruturado para a implementação bem-sucedida de um sistema de rastreabilidade que aumenta a transparência e a eficiência geral da cadeia de valor”, salientando a existência de vários obstáculos, como “complexidade de gestão de dados, limitações tecnológicas, questões de
interoperabilidade, envolvimento dos intervenientes e considerações de custos”.

Para cada etapa de implementação de um sistema de rastreabilidade que começa no diagnóstico da cadeia de valor, inclui o gap analysis (cruzamento do cenário atual com o cenário desejado), o desenvolvimento da estratégia e do plano de ação e a respetiva operacionalização são apresentadas recomendações que visam superar os desafios mencionados e garantir uma implementação eficiente e bem sucedida do sistema de rastreabilidade. A implementação não se esgota na tecnologia. Diz o BCSD que os processos e as pessoas são dimensões igualmente relevantes para o seu sucesso.

“É necessário definir uma visão quanto ao produto a ser rastreado, as informações a serem rastreadas e suas finalidades, bem como definir as competências e expertise necessárias da equipa e o relacionamento entre os stakeholders da cadeia de valor, entre outros fatores a considerar”, salienta.

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