Benfica mais contido, retoca plantel e aposta na continuidade

1 mes atrás 48

O técnico alemão tenta reencontrar o caminho do êxito na I Liga na época 2024/25, depois de ter deixado escapar o título para o Sporting na anterior, que terminou sob forte contestação dos adeptos, ainda que apoiado reiteradamente pelo presidente Rui Costa.

Schmidt entrou de rompante no futebol nacional, com um modelo de jogo atrativo e a conquista do título em 2022/23, o 38.º das 'águias', recorde da competição, mas desbaratou esse capital com sucessivos equívocos na temporada seguinte, que terminou a 10 pontos do rival lisboeta.

O treinador germânico parte mais pressionado do que seria desejável para a nova época, que marca uma inversão na política desportiva do clube, com uma abordagem mais moderada ao mercado de transferências, apesar do encaixe significativo com a saída de João Neves para o Paris Saint-Germain, por 59,9 milhões de euros fixos.

O jovem médio, de 19 anos, foi a grande revelação da temporada passada e Rui Costa não encontrou argumentos para rejeitar a proposta francesa, tal como sucedeu há um ano com o avançado Gonçalo Ramos, para o qual o Benfica procurou, incessantemente e sem sucesso, um substituto à altura.

A busca pode ter terminado com a contratação do grego Vangelis Pavlidis, a julgar pelo desempenho do avançado nos seis jogos de preparação, nos quais marcou sete golos, tendo ficado em 'branco' apenas no último, na derrota por 1-0 frente ao Fulham, treinado por Marco Silva, a única sofrida pelo Benfica na pré-época.

Além de Pavlidis, a única 'extravagância' de Rui Costa até ao momento, contratado ao AZ Alkmaar por 18 milhões de euros (ME), o vice-campeão nacional reforçou-se com o defesa alemão Jan-Niklas Beste, proveniente do Heidenheim, por oito ME, e o médio luxemburguês Leandro Barreiro, a custo zero, após terminar contrato com o Mainz.

Já o médio português Renato Sanches fez o percurso inverso de João Neves e regressou ao clube onde se formou por empréstimo do PSG, e pode ser a escolha ideal para ocupar a vaga deixada pela saída do jovem prodígio, num setor com muitas opções para Schmidt: Florentino, Aursnes, João Mário, Kökçü, Rollheiser e Leandro Barreiro.

O ataque até pode ressentir-se da saída de Rafa, que se mudou para o Besiktas após terminar contrato, e da veteranice do argentino Di María, de 36 anos, mas Prestianni deixou excelentes indicações e a capacidade goleadora de Pavlidis oferece garantias que o quarteto composto por Arthur Cabral, Tengstedt, Schjelderup e Marcos Leonardo nunca conseguiu dar.

A defesa foi apenas retocada, com a inclusão de Beste na lateral esquerda (órfã de Grimaldo durante toda a época anterior), registando-se a ascensão do central Morato, em contraponto com a aparente perda de protagonismo de António Silva, enquanto o ucraniano Anatoliy Trubin permanece inamovível na posição de guarda-redes.

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