Biden discute com mediadores do Egito e Qatar cessar-fogo na Faixa de Gaza

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, conversou hoje com os homólogos do Egito e Qatar, mediadores do conflito na Faixa de Gaza, antes de uma viagem do diretor da CIA para discutir um cessar-fogo e libertação de reféns.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse que Biden conversou com o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, e com o emir do Qatar, xeque Tamim Bin Hamad Al-Thani.

Kirby acrescentou que, embora as conversações tenham sido construtivas, não eram esperados "quaisquer desenvolvimentos iminentes", acrescentando: "Continuamos a fazer tudo o que podemos para facilitar outro acordo de reféns, tal como fizemos em novembro".

O diretor da CIA, Bill Burns, deverá reunir-se em breve na Europa com os chefes das agências de informações israelita, Mossad, e egípcia, bem com o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, de acordo com três fontes consultadas pela agência Associated Press (AP), que pediram anonimato.

A reunião vai centrar-se na libertação de reféns em posse do grupo palestiniano Hamas em troca de uma pausa nas hostilidades.

Biden, refere a AP, espera que um acordo possa levar a um cessar-fogo prolongado para pôr fim ao conflito, segundo um responsável norte-americano.

A CIA e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca recusaram-se a comentar a reunião.

A viagem de Burns ocorre depois de uma visita ao Médio Oriente do enviado da Casa Branca, Brett McGurk, esta semana, focada em obter a libertação dos reféns restantes na Faixa de Gaza.

McGurk também está a preparar as bases para outra viagem à região do secretário de Estado, Antony Blinken, que na próxima semana poderá fazer sua quinta viagem ao Médio Oriente desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 26.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

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