Biden impede deportação forçada de libaneses devido à guerra em Gaza

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A moratória inclui certas exceções -- como os libaneses sujeitos a ordens de extradição ou que representam uma ameaça à segurança dos EUA -- mas, de um modo geral, Biden entende que as condições humanitárias no sul do Líbano se deterioraram a tal ponto que é necessária esta decisão, noticiou a agência Europa Press.

A grave situação no Líbano deve-se aos confrontos entre Israel e as milícias xiitas do Hezbollah, agravadas desde a guerra de Israel em Gaza.

Desde 08 de outubro de 2023, um dia após o ataque do Hamas no sul de Israel e que desencadeou a guerra em Gaza, a violência entre o Exército israelita e o Hezbollah provocou pelo menos 523 mortos no Líbano, na maioria combatentes, segundo um relatório compilado pela agência noticiosa France-Presse (AFP) a partir de várias fontes.

Os ataques do Líbano contra Israel mataram aproximadamente vinte soldados israelitas e mais de uma dezena de civis, segundo o Exército israelita.

Dezenas de milhares de pessoas foram entretanto deslocadas no Líbano e em Israel na sequência desta vaga de violência transfronteiriça.

O Hezbollah, apoiado pelo Irão, afirma que os ataques contra Israel têm servido para demonstrar o apoio do movimento ao seu aliado Hamas.

"Embora continue focado em reduzir as tensões e melhorar a situação humanitária, a realidade é que muitos civis continuam em perigo. Por isso, ordeno o adiamento da deportação de certos cidadãos libaneses presentes nos Estados Unidos", frisou Biden, citado num comunicado.

O chefe de Estado norte-americano determinou ainda ao secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, que tomasse as medidas adequadas para autorizar o emprego de libaneses cuja deportação foi adiada e que concedesse facilidades especiais aos estudantes afetados por esta medida.

O atual conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita a 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, Israel desencadeou uma ofensiva em Gaza, que já provocou mais de 39 mil mortos, na maioria civis, e perto de 90 mil feridos, bem como um desastre humanitário, de acordo com as autoridades locais, controladas pelo Hamas.

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