Bielorrússia inicia exercício com armas nucleares táticas russas

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O anúncio foi feito um dia depois de a Rússia ter anunciado exercícios nucleares com tropas baseadas perto da Ucrânia, que é vizinha da Bielorrússia.

"Foi iniciada uma verificação do grau de prontidão das forças e dos lançadores de armas nucleares táticas no seio das forças armadas", declarou o Ministério da Defesa da Bielorrússia num comunicado citado pela agência francesa AFP.

A Rússia anunciou no verão de 2023 que tinha instalado armas nucleares táticas na Bielorrússia, um dos poucos países que apoiam Moscovo na atual guerra contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

O ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, disse nas redes sociais que a inspeção surpresa às armas nucleares não estratégicas foi ordenada pelo comandante supremo das forças armadas, o Presidente Alexander Lukashenko.

"A inspeção será realizada em estrita correspondência com o tempo regulamentar estabelecido pelo comandante supremo", disse Khrenin, citado pela agência espanhola EFE.

O ministro acrescentou que "será supervisionado todo o conjunto de ações de planeamento, preparação e utilização de sistemas nucleares táticos".

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou na segunda-feira às forças armadas russas que realizassem manobras com armas nucleares táticas "num futuro próximo", alegando ameaças do Ocidente.

Os exercícios com mísseis, que envolverão a aviação e a marinha, serão realizados pelas forças do Distrito Militar do Sul, que faz fronteira com a Ucrânia, segundo a EFE.

O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, disse na segunda-feira que os exercícios são uma resposta às declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, e de altos funcionários britânicos.

"Falaram sobre a prontidão e até a intenção de enviar contingentes militares para a Ucrânia, ou seja, colocar soldados da NATO à frente dos militares russos", disse Peskov.

O porta-voz de Putin considerou tratar-se de "uma nova espiral de escalada de tensão" entre o Ocidente e a Rússia.

"Não tem precedentes e requer uma atenção especial e medidas especiais", acrescentou.

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