Bolsas e corretoras afetadas pelo “apagão” da Microsoft. Euronext escapa

2 meses atrás 57

Num comunicado enviado ao mercado, a Euronext disse esta manhã que os mercados onde opera negociaram sem qualquer impacto do “apagão” da Microsoft.

Os mercados Euronext estão todos a funcionar, disse ao Jornal Económico fonte da Bolsa de Lisboa. Num comunicado enviado ao mercado, a Euronext, que gere várias bolsas europeias, incluindo a portuguesa, disse esta manhã, que os mercados onde opera negociaram sem qualquer impacto do ‘apagão’ da Microsoft.

No entanto a Euronext com sede em Amesterdão, citada pela Bloomberg, admite que alguns índices ligados de ações baseados em mercados norte-americanos estão atualmente a ser transmitidos incorretamente.

A falha foi originada por uma atualização do Falcon Sensor da Crowdstrike, que resultou em erros críticos nos sistemas Windows, levando ao temido “Ecrã Azul da Morte” (BSOD). Este problema afetou uma ampla gama de setores, incluindo companhias aéreas, bancos, corretoras, bolsas, telecomunicações e empresas de comunicação social.

“A Euronext está ciente dos problemas atuais que afetam os servidores Microsoft. A negociação e os dados de mercado proprietários [referem-se a conjuntos de dados exclusivos que são detidos e controlados por uma organização ou empresa específica] nas bolsas da Euronext, as operações de compensação e pós-negociação não foram afetadas (exceto a GUI do cliente na Euronext Securities Copenhagen)”, disse a empresa que gere as bolsas da Bélgica, França, Irlanda, Holanda, Portugal, Itália, Noruega e Reino Unido.

As plataformas de negociação Nasdaq, Euronext, Deutsche Börse, CBOE e Tradeweb disseram não ter sido afetadas pela interrupção, segundo o Financial Times.

Pela Europa, a abertura de várias bolsas foi adiada. O EuroStoxx 50 cai nesta altura 0,42% para 4.849,45 pontos e o Stoxx 600 recua 0,45% para 511,68 pontos.

Tirando o índice PSI que está a subir 0,10%. A maioria das praças europeias está em queda. O Ibex cai 0,37%; o FTSE 100 desliza 0,53%; o CAC 40 recua 0,53%; o alemão DAX perde 0,62%; o FTSE MIB desce 0,70% e o holandês AEX desce 0,18%.

O London Stock Exchange Group disse ao FT que as negociações estavam a decorrer normalmente, mas o seu serviço de notícias enfrentou problemas, com apenas alguns comunicados de imprensa a serem publicados na manhã de sexta-feira.

A Bolsa de Londres disse estar a ser afetada por esta falha técnica global, afirmando que estava a detetar problemas técnicos com o seu serviço de notícias RNS.

No seu website, a London Stock Exchenge refere que “o serviço de notícias RNS está atualmente a enfrentar um problema técnico global provocado por terceiros, que impede a publicação de notícias”, notando ainda que “as equipas técnicas estão a trabalhar para restabelecer o serviço, não havendo qualquer impacto na negociação de títulos ou noutros serviços da Bolsa de Valores de Londres.”

A LSEG disse estar a enfrentar “um problema técnico de terceiros que está a afetar alguns dos nossos serviços”.

A LSEG trabalha em estreita colaboração na construção de produtos com a Microsoft, que assumiu uma participação de 4% e um lugar no conselho da empresa em 2022.

A situação gera gerar incerteza e volatilidade nos mercados financeiros, afetando investidores e empresas que dependem dos índices afetados pelo “apagão” para tomar decisões informadas.

O “Financial Times” noticia que os bancos globais, corretores e empresas de tecnologia financeira, incluindo o JPMorgan Chase, UBS e a Bloomberg, foram atingidos pela disrupção global das Tecnologias de Informação nesta sexta-feira, deixando alguns traders incapazes de aceder aos seus sistemas para processar negociações nos mercados.

Os sistemas de execução de negociações do JPMorgan foram afetados, enquanto o UBS e a empresa fintech ION Group também enfrentaram problemas nesta manhã de sexta-feira, segundo o FT que cita pessoas familiarizadas com o assunto. Alguns utilizadores do Terminal Bloomberg também enfrentaram problemas e interrupções antes da abertura do mercado do Reino Unido.

O FT avança hoje que a corretora CMC Markets disse estar a enfrentar problemas e a sentir o impacto no acesso às suas plataformas de negociação. A Bloomberg referiu que “alguns clientes sofreram interrupções ao utilizar o Terminal Bloomberg e outros serviços, devido a uma interrupção de terceiros”.

Embora as principais plataformas de negociação estivessem abertas normalmente, os problemas nos bancos e corretores afetaram a capacidade dos traders de aceder aos seus sistemas e de finalizar negociações, de acordo com os clientes. Alguns corretores foram obrigados a orientar os clientes a enviarem as suas ordens para outros, segundo o FT.

As interrupções ocorreram devido à interrupção global atribuída a uma atualização de segurança de software da empresa norte-americana Crowdstrike, que levou a problemas com os sistemas da Microsoft.

A Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido e o Regulador dos Sistemas de Pagamentos, bem como o organismo comercial UK Finance, disseram ao FT estar em contacto com as empresas de serviços financeiros para compreender melhor a extensão da perturbação.

As ações da Crowdstrike caíram acentuadamente nas negociações de pré-mercado, tombando 12% antes da abertura de Nova Iorque. A Microsoft caiu 1,5% nas negociações pré-mercado.

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