Boris impedido de votar por não ter documento válido (devido a lei dele)

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, foi impedido de votar nas eleições autárquicas britânicas, que se realizaram na quinta-feira, por se ter esquecido de levar para a mesa de voto um documento de identificação com fotografia. O requisito, sublinhe-se, foi introduzido por ele próprio quando era governante.

Segundo a imprensa britânica, Johnson, que abandonou o cargo de primeiro-ministro em 2022 na sequência de uma série de escândalos relacionados com o confinamento da Covid-19, foi rejeitado numa assembleia de voto em Oxfordshire, no sul da Inglaterra.

Um porta-voz adiantou, posteriormente, que o ex-primeiro-ministro conseguiu votar no Partido Conservador, mas não negou que tenha sido impedido por não apresentar um documento válido.

A obrigatoriedade de apresentar um documento de identificação entrou em vigor em 2022, durante o governo de Boris Johnson. O objetivo era reprimir possíveis fraudes eleitorais, mas a medida foi criticada no país por impedir partes do eleitorado - até então era só necessário apresentar o nome e morada para poder votar.  

"Não acho que não seja razoável pedir aos eleitores que votam pela primeira vez que apresentem alguma prova de identidade", disse Johnson, na altura.

A nova regra foi aplicada pela primeira vez no ano passado e, segundo recorda a agência de notícias Reuters, cerca de 14 mil pessoas em Inglaterra viram o seu direito de voto negado nas eleições locais por não terem conseguido apresentar um documento de identificação.

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