Borrell agradeceu a Guterres trabalho "vital" da UNRWA

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Josep Borrell iniciou a sua participação na Conferência de Segurança de Munique com um encontro com António Guterres, tendo sido abordada a situação no Médio Oriente e a guerra na Ucrânia.

"Borrell agradeceu ao secretário-geral da ONU o trabalho vital da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Apoio aos Refugiados da Palestina) e prestou homenagem às 153 pessoas mortas ao seu serviço. Sublinhou a importância de continuar a financiar a UNRWA, uma vez que fornece serviços insubstituíveis aos palestinianos em Gaza e à região em geral", segundo um comunicado do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE).

A UNRWA ficará sem fundos a partir de março, uma vez que cerca de vinte países, incluindo os seus principais doadores como os Estados Unidos, suspenderam o seu apoio devido ao alegado envolvimento de uma dúzia de ex-funcionários no ataque de 7 de outubro contra Israel, que causou mais de 1.200 mortos.

O próximo apoio financeiro da UE deverá ocorrer no final do mês.

A nota do SEAE indicou que Borrell destacou a Guterres a necessidade de uma maior cooperação da UE com a ONU quanto a solução de dois Estados.

O alto representante da EU para os Negócios Estrangeiros e o secretário-geral da ONU também discutiram a situação na Ucrânia, com Borrell a aproveitar para informar sobre a sua recente visita ao país, a quarta desde que o regime de Vladimir Putin iniciou a invasão a 24 de fevereiro de 2022.

Na quinta-feira, o parlamento israelita aprovou preliminarmente um projeto-lei para proibir a UNRWA, que tem mais de 30 mil funcionários e abriu uma investigação e rescindiu os contratos com os suspeitos de envolvimento no ataque do grupo islamita de outubro.

No início do mês, o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que Portugal iria fazer uma contribuição adicional de um milhão de euros para a UNRWA.

João Gomes Cravinho anunciou a contribuição extraordinária depois de uma reunião com Philippe Lazzarini, responsável pela agência das Nações Unidas que apoia os refugiados palestinianos.

No ataque contra Israel, a 07 de outubro, o movimento islamita palestiniano Hamas também houve o registo de cerca de 250 reféns, tendo libertado 112 no cessar-fogo de uma semana realizado desde o início do conflito, no fim de novembro, em troca de 240 palestinianos detidos em prisões israelitas, todos mulheres e menores.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas pelo menos 29.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 68.000, também maioritariamente civis. Cerca de 8.000 corpos permanecem debaixo dos escombros, segundo as autoridades locais.

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