Brittany viu o seu WC ser 'apreendido' horas após aborto e hospitalização

Uma mulher está a ser acusada de crime por abuso de cadáver depois de ter sofrido um aborto espontâneo, no estado norte-americano de Ohio.

De acordo com o que escreve a CBS News esta sexta-feira, a situação remonta a setembro passado, quando Brittany Watts deu entrada num hospital com uma hemorragia que estava a colocar a sua vida em perigo.

Horas depois de ser hospitalizada, as autoridades fizeram buscas na sua casa, onde esta sofreu um aborto espontâneo, e retiraram a sua sanita do local, assim como outras partes da casa de banho, para procurarem por restos do feto.

A história é também contada numa página da GoFundMe, onde os angariadores pedem ajuda para as despesas legais e arranjos em casa.

"Brittany Watts sofreu um aborto trágico e perigoso que colocou em risco a sua própria vida. Em vez de se concentrar na cura física e emocional, foi detida e acusada de um crime e está a lutar pela sua liberdade e reputação", disse sua advogada, Traci Timko. em comunicado, citado pela imprensa norte-americana.

A responsável dá ainda conta de que não nenhuma lei estatal que exija que uma mulher que sofra um aborto espontâneo enterre ou faça a cremação dos restos.

Segundo a NBC News, o código estatal especifica que "em caso algum" as mulheres sejam criminalizadas pela morte de um feto, ou seja, uma morte no útero.

O caso foi denunciado pelo hospital ao departamento policial de Warren, que fica a cerca de 97 quilómetros de Cleveland, onde a situação se passou. A mulher sabia que iria abortar porque os médicos lhe disseram dias antes que a criança que carregava podia não sobreviver.

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