Bruno Fialho é o líder da ADN, partido que ficou em quarto lugar em vários círculos e vai receber 200 mil euros

6 meses atrás 49

A Alternativa Democrática Nacional (ADN) teve um crescimento assinalável nas legislativas deste domingo e ficou em quarto lugar em vários círculos eleitorais. Passou de 13.ª para 9.ª força política, com cerca de 100 mil votos, dez vezes mais do que em 2022 e garantiu, por isso, uma subvenção estatal na ordem dos 200 mil euros.

Católico de 48 anos, Bruno Fialho é o líder que rebatizou o Partido Democrático Republicano (fundado por Marinho e Pinto) como ADN. Fialho licenciou-se em direito na Universidade Moderna de Lisboa (1998-2003), presidindo durante três anos à associação de estudantes. Simultaneamente, cumpriu serviço militar na Escola de Infantaria em Mafra. Hoje, defende precisamente a existência de um serviço militar ou cívico obrigatório e critica a possibilidade de o País recrutar estrangeiros para o Exército. "Destroem o serviço militar, criam um exército que tem mais oficiais do que soldados, promovem o fim da nacionalidade e depois, no fim, garantem a manutenção dos cargos aos amigos generais". Acredita - e escreveu-o em agosto na rede social X - que a contratação de "estrangeiros para combater por Portugal" deveria "dar direito a Tribunal Marcial!".

A nível profissional, fundou e colabora com uma empresa de consultoria e exerceu funções de advogado e de chefe de cabine da SATA – Air Açores. De 2012 a 2020, esteve na direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

Politicamente, sucedeu em 2020 a António Marinho e Pinto na presidência do ADN, na altura designado Partido Democrático Republicano. Anunciou a candidatura às eleições presidenciais de 2021, mas desistiu, para não gastar "milhares de euros no circo mediático", afirmou na altura. No mesmo ano, candidatou-se à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, mas o partido não elegeu qualquer vereador.

Meses depois, encabeçou as listas do ADN nas eleições legislativas de 2022. No debate televisivo dos partidos sem assento parlamentar, participou por videochamada por recusar submeter-se a um teste à Covid-19, negou o "excesso de mortalidade em Portugal" provocado pelo vírus e criticou a emergência climática. "A União Europeia quer acabar com a agricultura por causa dos ‘puns’ das vacas", considera.

Bruno Fialho vive em união de facto e é pai de Bruno e Sara, de cinco e três anos. O líder partidário também contesta a teoria de género. "O ADN é solidário com a comunidade LGB (Lésbicas, Gays e Bissexuais) que não se identifica com a agenda globalista e que tem sido usada por um lóbi que é gerido por uma elite que quer impor uma ideologia extremista, anticiência, a favor da destruição da família e pela normalização de problemas psicológicos", escreveu em julho na rede social X.

Nestas eleições legislativas, recebeu o apoio do antigo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro e da Bancada Evangélica, frente parlamentar brasileira de confissão cristã, pela voz de Marcos Feliciano, pastor evangélico, deputado federal e porta-voz do ex-líder brasileiro.

Ler artigo completo