A fraca prestação da economia em 2023 terá reflexos este ano, embora a inflação vá recuar mais do que previsto, dando algum alívio ao BCE. Portugal liderou crescimento no final do ano passado, mas terá das maiores quedas em 2024.
A Comissão Europeia reviu em baixa as previsões de crescimento para Portugal e zona euro em 2024, reflexo da fraca procura externa e da performance tímida no ano anterior, isto quando o bloco da moeda única continua a escapar à recessão técnica. Em sentido inverso, a inflação deve descer mais do que se previa, ajudando as instituições europeias, sobretudo ao Banco Central Europeu (BCE).
Bruxelas espera agora que o PIB da zona euro avance apenas 0,8% este ano e 1,5% no próximo, isto depois de três revisões sucessivas em baixa à boleia da fraca prestação da economia europeia no ano passado. No anterior exercício de projeções, a Comissão apontava a um crescimento de 1,2% em 2024 e 1,6% em 2025. Na mesma linha, a economia portuguesa deve crescer apenas 1,2% este ano, um corte marginal em relação aos 1,3% anteriormente projetados.
A confirmar-se este cenário, Portugal registaria a segunda maior queda do crescimento entre 2023 e 2024, com o indicador a cair 1,1 pontos percentuais (p.p.), uma diferença apenas ultrapassada pelo trambolhão de 1,5 p.p. de Malta. Este resultado é, contudo, influenciado pela prestação nacional acima da média no ano passado, que colocou a economia nacional no topo do bloco europeu.
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