Caça F-16 pilotado por IA travou um duelo de teste contra um piloto humano. Quem ganhou?

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A Inteligência Artificial (IA), usada nestas máquinas de guerra, é tremendamente evoluída. Não é um ChatGPT, é tecnologia a "anos-luz" daquela a que nós, comuns mortais, temos acesso. De tal ponto que já pilota caças contra pilotos humanos experientes. Nestes últimos exercícios, os resultados foram ocultados. Não se sabe se a IA, num F16, perdeu ou "abateu" o piloto humano!

Imagem caça F16 pilotado por IA

O exercício, que se conhece, envolveu um caça experimental X-62A que foi capaz de efetuar manobras de alto nível a Mach 1,56 contra um F-16 pilotado por humanos. A DARPA diz que isto faz parte de um esforço maior, mas as preocupações sobre a utilização desta tecnologia estão a aumentar.

Caça F16 de milhões com poder de alta destruição "nas mãos" da IA

Há anos que a Força Aérea dos Estados Unidos desenvolve o seu programa para que os caças não sejam pilotados por humanos, mas por sistemas de IA. Há quase quatro anos, este projeto mostrou que estava no bom caminho e, num combate simulado, venceu um piloto de caça veterano por 5-0. Agora, os testes atingiram o nível seguinte.

A Agência de Projetos de Investigação Avançada de Defesa (DARPA) revelou na quarta-feira que um caça controlado por IA enfrentou com sucesso um piloto humano durante um teste de combate no ano passado.

O teste faz parte do programa ACE (Air Combat Evolution). Após ter efetuado simulações de combate aéreo com este piloto de IA, a DARPA acabou por instalar este sistema de IA no seu caça experimental X-62A (General Dynamics X-62 VISTA, originalmente NF-16D), que é uma variação do F-16D Fighting Falcon que fez o seu primeiro voo em janeiro de 1974, há meio século.

Não se sabe em que altura exata do ano passado tiveram lugar estes duelos aéreos entre o caça pilotado por IA e o caça pilotado por humanos, mas sabe-se que ocorreram antes de setembro de 2023.

O caça pilotado por IA era efetivamente tripulado: os pilotos humanos estavam preparados para desativar a IA no caso de a missão sair do alvo, mas os funcionários da DARPA afirmaram que não era necessário utilizar esse interrutor de segurança "em momento algum".

O X-62A enfrentou um F-16 controlado por um piloto humano e ambos os caças efetuaram manobras de alto nível e aproximaram-se a 600 metros um do outro a velocidades de 1930 km/h (Mach 1,56).

Quem ganhou, a máquina ou o piloto humano?

O que a DARPA não revela é quem ganhou este combate, se é que algum dos pilotos abateu o "inimigo". A agência sublinhou que o objetivo não era, de facto, ganhar o combate enquanto tal.

Bill Gray, piloto de testes chefe da Escola de Pilotos de Testes da Força Aérea, explicou que "o dogfight era o problema que precisava de ser resolvido para podermos começar a testar sistemas autónomos de IA no ar. Todas as lições que estamos a aprender aplicam-se a qualquer tarefa que possa ser atribuída a um sistema autónomo.

A agência já realizou 21 testes durante a vida do projeto e continuará a fazê-lo até 2024. Entretanto, aumentam as preocupações sobre a forma como estes sistemas autónomos poderão ser utilizados, e os EUA já têm um projeto ultrassecreto chamado NGAD que visa criar um caça de combate de sexta geração no qual a IA está fortemente envolvida.

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