Caixas negras do avião que caiu em Belgorod revelam "influência externa"

As forças russas afirmaram que os dados das caixas negras do avião que se despenhou na semana passada, na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, revelam que este teve "influência externa", revelam os meios de comunicação social estatais.

O avião russo IL-76 despenhou-se na região de Belgorod na passada terça-feira, tendo Moscovo afirmado que 65 prisioneiros de guerra ucranianos se encontravam a bordo.

A Rússia culpou Kyiv pelo acidente, mas a Ucrânia diz que não foram apresentadas provas credíveis para apoiar estas afirmações.

"Os dados da caixa negra excluem todas as versões possíveis de acidente e confirmam que o avião foi sujeito a influência externa, ou seja, foi abatido no ar", afirmou um interlocutor de uma agência de aplicação da lei, citado pela agência noticiosa russa TASS.

O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak acusou a Rússia de manipular a queda do avião para atrasar a transferência de ajuda militar para Kyiv, avança a Sky News.

De recordar que o avião se despenhou numa zona povoada da região de Belgorod, a poucos quilómetros da fronteira ucraniana, disse o governador local na terça-feira.

Fontes militares de Kyiv citadas pela agência Ukrinform e pelo jornal 'online' Ukrainska Pravda disseram que o avião transportava mísseis para os sistemas antiaéreos S-300 usados para bombardear a Ucrânia.

A comissão coordenadora ucraniana para o tratamento dos prisioneiros de guerra apelou para que as pessoas e instituições se abstenham de divulgar informações não verificadas sobre a queda do avião russo.

A região de Belgorod é regularmente alvo de mísseis e 'drones' (aeronaves sem tripulação) ucranianos devido à proximidade com a fronteira.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

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