Cajuda descartado da Seleção por "não ter relações com o BES e um agente"

Manuel Cajuda, presidente do Olhanense e antigo treinador, com vasta experiência no futebol nacional, fez algumas acusações graves numa entrevista ao podcast Final Cut, da Sports Tailors. Disse que foi convidado para orientar a Seleção Nacional, pela FPF, mas foi descartado por não ter relações com o antigo Banco Espírito Santo.

"Na altura foi o Paulo Bento que ficou. Achei muito engraçado, bonito e até fiquei agradado porque foi um bom selecionador. Eu estava em cima da mesa, bem como o Luis Aragonés [antigo selecionador de Espanha] e o Paulo. Já contei a história de me perguntarem se 'conhecia alguém importante do Banco Espiríto Santo', e eu disse: 'nem conta tenho'. Quando contei essa história acharam que estava a 'papaguear'. Passado uns aninhos veio-se a perceber que havia alguém que era 'dono disto tudo'", afirmou Manuel Cajuda.

O antigo treinador, agora com 72 anos, visou também outros dois alvos - nas entrelinhas, deduz-se que está a falar de Jorge Mendes e da Nike. "Também perguntaram por um determinado agente e uma marca desportiva. Curiosamente não tinha relações amistosas com qualquer uma das partes", disse. 

Paulo Bento sucedeu a Carlos Queiroz na seleção nacional após o Mundial de 2010. Nessa altura, Cajuda treinava nos Emirados Árabes Unidos, no Al Sharjah, já depois de uma longa experiência na I Liga, em clubes como o Sp. Braga ou o Vitória SC.

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