Calvário dos imigrantes

Portugal precisa de imigrantes para funcionar. Da hotelaria e serviços do turismo, o grande motor da economia portuguesa, à agricultura, os trabalhadores imigrantes são essenciais. Mas o Estado obriga-os a um inferno burocrático, com longas esperas nos corredores. A extinção do SEF agravou o calvário dos imigrantes e os processos acumulam-se.A a gência a quem cabe o acompanhamento e regularização destas pessoas tem sido notícia pelas piores razões: atraso nos processos, longas esperas e falta de pessoal. A F ederação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) convocou uma greve às horas extraordinárias na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), por falta de recursos humanos, o que significa que novas montanhas de processos se acumularão. Além da injustiça e da angústia que os atrasos burocráticos acarretam, a ineficiência dos serviços públicos de acolhimento de imigrantes provoca um enorme desperdício de dias de trabalho para as vítimas deste labirinto sinuoso.É urgente haver melhorias no serviço. Portugal tem de tratar melhor todas as pessoas que cá residam.

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