Câmara de Coimbra espera que se aproveite PT2030 para expansão do metrobus

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A Câmara de Coimbra espera que o atual Governo mantenha a ideia de expansão do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) e que se aproveite já o novo quadro comunitário para avançar com essas empreitadas.

A vereadora da Câmara de Coimbra com o pelouro da mobilidade, Ana Bastos, afirmou à agência Lusa que o município irá propor junto do Governo que se mantenha a intenção de expansão do Sistema de Mobilidade do Mondego para sul (Condeixa-a-Nova) e para norte (Cantanhede), tal como previsto no Plano Ferroviário Nacional apresentado pelo anterior executivo.

O SMM, cujo despacho inicial foi assinado há 30 anos, deverá estar a funcionar em pleno no final de 2025, servindo os concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra.

"A posição da Câmara de Coimbra sempre foi a de defesa da expansão do SMM, sendo essencial que esse alargamento ocorra quer em relação a outras zonas urbanas quer para os concelhos vizinhos", disse à agência Lusa a vereadora, que espera ter as primeiras reuniões com o Ministério das Infraestruturas sobre o assunto a curto prazo.

Ana Bastos reafirmou a vontade do executivo em avançar com a ligação ao Polo II da Universidade de Coimbra, Bairro Norton de Matos, Santa Clara, São Martinho do Bispo, Taveiro, Pedrulha e Adémia, notando que parte destas zonas seriam servidas pelos trajetos já incluídos nas expansões do SMM a Condeixa e Cantanhede, previstas no Plano Ferroviário Nacional.

"Estas ligações intermunicipais [...] poderão reforçar ou mesmo assegurar a sua sustentabilidade económica ao desviar o seu trajeto por zonas urbanas de Coimbra densamente povoadas", vincou.

Segundo Ana Bastos, o objetivo será aproveitar já o novo quadro comunitário, daí a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra ter já em sua posse um estudo de viabilidade para possíveis expansões, que dá nota especialmente positiva a uma ligação a Condeixa-a-Nova.

Questionada pela Lusa, a vereadora admitiu que a extensão de Cantanhede não fica tão bem pontuada nesse estudo, considerando que será decisão do Governo avançar com uma opção de metrobus ou reativando o canal ferroviário que serve aquele concelho a norte de Coimbra.

"É uma questão de se fazer estudos e de se ver a rentabilidade e custo-benefício para ver qual das duas opções é mais competitiva", notou, defendendo que, no caso da Mealhada, a ligação deve ser feita a partir da ferrovia e não através de uma expansão do SMM.

A agência Lusa enviou várias perguntas ao Ministério das Infraestruturas sobre o SMM e possíveis expansões daquele sistema, mas não recebeu qualquer resposta.

Já a Metro Mondego, questionada sobre se haveria alguma novidade sobre o contrato de serviço público para assegurar o serviço do SMM, referiu que ainda não houve "nenhum contacto com o atual Governo sobre esta matéria", dando conta de que foi apresentada uma proposta em dezembro de 2023.

O contrato de serviço público terá de estar em vigor antes do sistema operar, perspetivando-se que arranque o troço suburbano no final de 2024 e o troço urbano, em Coimbra, no final de 2025.

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