Câmara do Porto veda edifício devido a insegurança, mas IHRU diz que não soube de nada

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O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) é proprietário do edifício, que tem sido ocupado e gerado situações de degradação e insegurança numa zona da cidade do Porto. A autarquia decidiu tomar medidas, mas não avisou previamente o dono.

A Câmara Municipal do Porto está a vedar o acesso a um antigo edifício militar abandonado. Moradores e comerciantes dizem que estava a ser usado por um grupo que instalou um clima de medo e insegurança na zona da Boavista.

Quem vive e trabalha no local diz que os problemas provocados por quem invadiu o prédio não são de agora, mas pioraram nos últimos tempos.

“Falta de segurança, imundice, lixo, ratos e pessoas duvidosas”, descreve Maria Pires, uma moradora desta zona.

A denúncia de moradores e comerciantes foi ouvida em Conselho Municipal de Segurança e a Câmara decidiu avançar com a vedação do prédio, que é propriedade do Estado. O presidente da câmara, Rui Moreira, garante que a decisão tem enquadramento legal.

“O IHRU, que é o proprietário deste edifício, não cuidou de tratar dele”, declara Rui Moreira, que diz que a decisão de vedar a propriedade não foi tomada “de ânimo leve.

“Entendemos que a situação que aqui se vivia é de molde a tomarmos medidas de emergência”, explica.

Situado na Avenida da França, a paredes meias com a estação de metro da Casa da Música, o antigo edifício de recrutamento militar está abandonado desde 2016.

Em nota enviada à SIC, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), proprietário do edifício, assegura que não teve conhecimento prévio dos trabalhos que estão a decorrer, mas que não se opõe a eles.

O prédio vai ser reconvertido em habitação acessível, mas o concurso público para a construção só vai ser lançado no último trimestre. A câmara espera concluir, até ao final da semana, os trabalhos de vedação e limpeza e diz que vai apresentar a fatura ao IHRU.

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