Campeão ao tapete

A seleção espanhola dominou, foi muito superior e atirou, por completo, o campeão europeu ao tapete. Apenas Gigi Donnarumma - com uma exibição monstruosa - evitou uma noite de pesadelo para os italianos que não tiveram resposta para a exibição fantástica de Espanha.

Com este resultado, a Espanha já sabe que vai terminar o grupo B - para muitos o grupo da morte - no primeiro posto. Uma passagem aos oitavos com distinção.

Em relação ao jogo, tanto Spalletti como De La Fuente não apresentaram grandes novidades em relação à primeira jornada. Do lado italiano, zero mexidas, do lado espanhol apenas uma troca: Nacho saiu para dar o lugar a Laporte que recuperou de lesão.

Dá para pedir um timeout, sr. árbitro?

A estatística, por si só, não ajuda a narrar história toda, mas é - definitivamente - um alicerce importante para traduzir a tendência clara no primeiro tempo: Espanha muito superior e Itália muito inferior. Tanta foi a superioridade - coletiva, individual e tática - que deu a sensação que Spalletti, se tivesse oportunidade, teria pedido um timeout.

De resto, o conjunto espanhol dominou por completo - criou mais oportunidades, rematou mais (nove remates contra apenas um) e raramente permitiu transições rápidas ao adversário -, pelo que, o 0-0 apenas se justificou pela exibição individual de Gigi Donnarumma, o herói italiano nos primeiros 45 minutos.

E tudo começou ao minuto dois. Foi um festival de oportunidades espanholas, de várias formas e feitios. Pedri foi o primeiro a testar os reflexos de Donnarumma - belo cabeceamento para uma enorme defesa do italiano -, depois seguiram várias chances de forma quase consecutiva: Nico cabeceou ao lado, Morata obrigou a nova intervenção de Donnarumma e Fabián Ruiz, aos 25', proporcionou uma defesa brutal (mais uma) ao jogador do PSG.

Até ao final do primeiro tempo, a Espanha continuou por cima, a Itália apenas conseguiu o primeiro remate ao minuto 45 e o resultado não sofreu alterações.

Nico, Yamal e +9

Nos segundos 45 minutos, mais do mesmo. Espanha entrou com tudo - Pedri, à semelhança do primeiro tempo, desperdiçou a primeira oportunidade da segunda metade -, mas apenas chegou ao golo ao minuto 55.

Depois de um excelente trabalho individual de Nico Williams - o extremo do Athletic Bilbao e Yamal estiveram endiabrados nos corredores -, Morata desviou o cruzamento ao primeiro poste e a bola, após um ligeiro desvio de Donnarumma, foi ter com Calafiori que - com muito azar - acabou por introduzir a bola na própria baliza. Resultado justo, apesar da sorte ter jogado a favor da Espanha neste lance.

Após o golo, mais uma dose de muito talento nos corredores. Primeiro, Yamal arrancou uma bomba do meio da rua (passou a centímetros da barra) e, 10 minutos depois, foi a vez de Nico: depois de várias fintas, o jovem espanhol deambulou da esquerda para a direita e acertou em cheio na barra.