Apesar do aumento do número de votos, Miguel Pita destacou que o resultado do ADN na região autónoma ficou "aquém das expectativas".
O candidato realçou que a vontade do povo é soberana, mas frisou que, depois de suspeitas de corrupção que levaram à queda do Governo de Miguel de Albuquerque e à realização de eleições no domingo, "ficou tudo como estava".
"Houve um avião que aterrou na Madeira e supostamente havia um processo de corrupção. E o processo de corrupção, pelos vistos os madeirenses e os porto-santenses acharam que está bem como está, está bom, não é preciso haver nenhuma investigação do Ministério Público, nem nada que se pareça, e voltaram a repetir os mesmos votos de setembro do ano passado", disse.
"Isto só demonstra que realmente o povo, o eleitorado, é soberano nas suas decisões e só nos resta realmente aceitar e esperar que daqui a oito meses nós estejamos novamente a votar", acrescentou.
O ADN/Madeira obteve no domingo 772 votos, que representam 0,57% da votação total, quando em 2023 tinha obtido, de acordo com os resultados definitivos, 617 (0,47%).
O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por cinco deputados a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos (49.103 votos) e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos (21,32% do total), seguindo-se o JPP, com nove (16,89%), o Chega, com quatro (9,23%), o CDS-PP, com dois (3,96%), e a IL (com 2,56%) e o PAN (1,86%), com um deputado cada.
Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.
A maioria absoluta requer 24 assentos.
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