Capitão da Nigéria relata pesadelo em aeroporto na Líbia: «Nenhuma equipa deveria ser tratada desta maneira»

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William Troost-Ekong, o capitão da seleção nigeriana, recorreu esta segunda-feira às redes sociais para, mais de 19 horas depois de a equipa ter ficado retida e de ter vivido um autêntico pesadelo na Líbia, fazer um ponto da situação e lamentar a falta de respeito para com os jogadores, que não tiveram acesso a comida, água ou rede telefónica durante todo esse tempo.

"Seguros e de volta a casa. Orgulhoso desta equipa, o nosso espírito não pode ser quebrado. Atirem-nos o que quiserem, ultrapassar as dificuldades está no nosso sangue. Já vi muita coisa nos 10 anos em que estive neste grupo, mas algo assim, uma experiência que nos tenha unido tanto, nunca", começou por escreveu o jogador do Al-Kholood, que na publicação incluiu um vídeo da festa dos jogadores horas antes dos incidentes, na altura bastante animados e ainda sem se aperceberem do que estava prestes a acontecer.

"Este vídeo foi filmado seis horas depois de sermos forçados a aterrar num aeroporto abandonado sem comida, bebida ou ligação à nossa família. Ainda estávamos a tentar arranjar uma maneira de estarmos unidos, positivos e com o espírito lá em cima. À medida que as coisas iam avançando, percebemos que tínhamos de tomar uma posição relativamente ao que estava correto, independentemente das consequências. Nenhuma equipa deveria ser tratada desta maneira. O futebol é respeito, e isso começa por nos respeitarmos a nós mesmos. Continuo entusiasmado pela nossa jornada até à AFCON 2025 no próximo mês, em novembro. O nosso objetivo, o de fazer o melhor pelo futebol nigeriano, nunca vai mudar. Altura de descansar", concluiu o jogador, de 31 anos.

Recorde-se que, ao fim de mais de 19 horas retida num aeroporto secundário da Líbia, "refém" - como escreveu Wilfred Ndidi, médio do Leicester -, a seleção da Nigéria regressou finalmente ao país depois de ter passado por momentos difíceis, que fizeram com que os jogadores, que deixaram o país natal com o intuito de disputar um jogo de apuramento para a Taça das Nações Africanas - partida que já não vai realizar-se -, ficassem presos num aeroporto, cansados, com fome, sem dormir e revoltados.

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