Caravana com diplomatas, incluindo português, foi alvo de explosão no Paquistão

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A caravana - que incluía o embaixador russo e diplomatas portugueses, iranianos, turcomanos, tadjiques, cazaques, bósnios, zimbabueanos, ruandeses e vietnamitas - encontrava-se em Malam Jabba, no vale do Swat, em Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, quando foi atingido pela explosão.

De acordo com o Ministério português dos Negócios Estrangeiros, “o Embaixador Frederico Silva, conjuntamente com uma dezena de outros Embaixadores, participou no Swat Tourism Summit , organizado pela Câmara de Comércio e Indústria de Islamabad. No percurso para o hotel, a partir da cidade de Mingora, na região de Khyber Pakhthunkwa, um veículo policial da escolta foi atingido por uma mina. Um agente policial faleceu e quatro ficaram feridos. Pela parte dos diplomatas não se registou qualquer vítima”, refere um esclarecimento enviado às redações.

Os diplomatas viajavam numa viatura que não foi atingida e estão a salvo.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão garantiu que os diplomatas regressaram em segurança a Islamabade e disse estar "determinado a combater o terrorismo".

A embaixada russa em Islamabade confirmou na rede social Telegram que o seu embaixador estava na caravana, quando um veículo que escoltava a comitiva passou por cima de uma mina.

O ataque não foi reivindicado até ao momento, mas a região é um bastião dos talibãs paquistaneses (TTP), treinados para o combate no Afeganistão e que defendem a mesma ideologia dos talibãs afegãos.

De 2007 a 2009, este movimento foi responsável por matar milhares de civis, tendo assumido o controlo de várias áreas antes de serem sido rechaçados pelo Exército.

Hoje, mantêm células adormecidas e Islamabade acusa os talibãs no poder em Cabul de não eliminarem os militantes que se refugiaram no seu solo afegão para preparar ataques contra o Paquistão.

O Governo talibã nega estas acusações, mas as relações entre Islamabade e Cabul deterioraram-se devido a esta questão.

c/Lusa

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