Caravelas ou medusas? Julho "calmo" com 'gelatinosos', mas eis que fazer

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O programa de monitorização de organismos gelatinosos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deu conta da última semana de ocorrências em termos de "ocorrências d organismos gelatinosos", uma 'ameaça' em que pode ser mais fácil tropeçar no verão.

"O mês de Julho continua calmo em termos de ocorrências de gelatinosos, a caravela-portuguesa apareceu somente nos Açores", começa por escrever o programa, GelAvista, numa publicação partilhada no Facebook.

"A medusa-do-tejo apareceu na zona do estuário do Sado e nas praias da Costa da Caparica. Por outro lado, os ctenóforos voltaram em força às praias dos concelhos de Cascais, Oeiras e Almada", explicam ainda os responsáveis.

O programa pede ainda a ajuda de todos que possam dar conta destes organismos, por forma a que estes possam ser mapeados com mais rigor. "Avistamentos de qualquer organismo gelatinoso poderão ser comunicados ao programa GelAvista através da aplicação GelAvista, disponível para sistemas Android e iOS, ou para [email protected]. Avistamentos Nulos são também importantes, pois confirmam que as espécies não estão a ocorrer", dão ainda conta.

Mas caso não sejam vistos, o que fazer em caso de tropeçar nestas espécies?

"Algumas espécies de medusa podem picar, injetando veneno e causando reações locais e, no caso da caravela-portuguesa, efeitos sistémicos ocasionais. Estas espécies têm cnidócitos, células usadas para alimentação e defesa, que são como minúsculas seringas que injetam substâncias tóxicas por contacto com outros animais", começam por explicar no site, referindo ainda que os cnidócitos se encontram essencialmente nos tentáculos e que, no caso dos humanos, "o nível de toxicidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada".

"Os cnidócitos permanecem ativos mesmo após a morte do animal. A maioria dos contactos é acidental e ocorre na praia. Por isso, é importante evitar tocar nos organismos arrojados, especialmente nos seus tentáculos", lê-se.

Em caso de contacto, o mais importante é lavar "a zona afetada com água do mar, sem esfregar" e depois remover com "uma pinça os possíveis vestígios do organismo na pele". Em situação de se deparar com estes organismos, o que não deve mesmo fazer é usar "água doce, vinagre (à exceção do contacto com a caravela-portuguesa), álcool, ou amónia" ou usar "ligaduras ou pensos rápidos".

Resumindo...

Com a caravela portuguesa deve, após lavar e limpar com água do mar a zona afetada:

Aplicar compressas quentes (40º C) durante cerca de 20 minutos ou, em alternativa, vinagre sem diluir; Se estiver em choque, com dificuldades em respirar ou a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Em caso de contacto com a medusa ou água vida, deve lavar e limpar com água do mar a zona afetada e depois:

Aplicar compressas de gelo durante cerca de 15 minutos; Se a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.

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