Carlos Carvalhal: «Fomos felizes, mas trabalhámos para essa felicidade»

3 horas atrás 21

Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo (2-1) frente ao Maccabi Tel Aviv em jogo da Liga Europa:


«Foi uma vitória na raça, uma grande vontade de ganhar, de fazer. Alguma ansiedade, estávamos a criar, mas não estávamos a marcar e na primeira parte tivemos algumas boas oportunidades. Na segunda parte foi melhor, encostámos o adversário mais atrás. Jogámos com o Niakaté e depois tudo a abrir, metemos a carne toda no assador como dizia o Quinito, e fomos premiados no final. Fomos felizes, sem dúvida, mas trabalhámos muito para ter essa felicidade, com muita raça, muita vontade».

«Tivemos um período de descrença, é normal, a equipa está a criar, mas não estava a marcar. Aconteceu na Madeira, a equipa marcou e tranquilizou-se, hoje só marcou aos 88, mas conseguiu ir atrás do segundo. Temos trabalho pela frente, já se sabia que o caminho ia ser fácil, mas se fosse fácil não era para mim».

[Atitude da equipa determinante?] «Foi uma vitória os jogadores: da atitude, da entrega. É uma equipa jovem, mas com irreverência, com vontade, o que é importante no futebol e na vida, ter atitude. A atitude compensa tudo e estas vitórias dão corpo à equipa, dentro de dois dias e meia temos de estar a top outra vez frente ao Rio Ave».

[800 jogos] «Muito feliz, esta vitória expressa a vida de um treinador nos 800 jogos: sofrimento. Não há treinadores sem sofrimento, há stress, cada vez mais stress em volta do futebol. Ao fim fiquei feliz por vencer o jogo, marcar os 800 jogos com uma vitória melhor ainda».

[Pouco controlo no meio campo. Vítor Carvalho e André Horta não está a funcionar?] «Não é que não esteja a funcionar, foi um jogo em que se falharam muitos passes e com isso transformas um ataque teu num ataque do adversário. O Vítor tem estado bem, tem jogado quase os jogos todos, hoje não esteve tão bem no passe, o que descaracteriza o jogo. Depois acho que tranquilizámos, mesmo o Vítor Carvalho melhorou nos últimos quinze minutos da primeira parte, pressionou mais, as mesmo assim ao intervalo entendemos mudar. Foi uma vitória na raça».

[Gestão dos avançados] «São dois miúdos, um jogava na segunda 2.ª francesa, o outro na 3.ª divisão espanhola. Ainda estão a adaptar-se, a nossa exigência aos avançados é enorme, na pressão, nas diagonais, no foco sem bola, são coisas a que se estão a habituar. Estamos satisfeitos com eles, normalmente se trocámos ao intervalo é porque não estamos a gostar do rendimento de um e metemos outro, quando estamos a gostar esticamos até aos 70 minutos. Estamos a dar o seu tempo para que se adaptem à equipa, à exigência porque uma coisa é ganhar de vez em quando, outra é ter de ganhar os jogos todos. Quando começarem a faturar e a fazer golos vão jogar mais vezes».

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