Caso gémeas: Advogado diz que mãe das crianças foi alvo de “mentira calculada” e “assassinato mediático”

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Estas críticas foram deixadas por Wilson Bicalho na intervenção inicial que fez na comissão de inquérito sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o medicamento Zolgensma.

Daniela Luzado Martins, mãe das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma, durante a sua audição perante os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito – Gémeas Tratadas com o Medicamento Zolgensma, na Assembleia da República, em Lisboa, 21 de junho de 2024. Em causa no processo, que tem como arguidos o ex-secretário de Estado da Saúde Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, está o tratamento hospitalar das duas crianças luso-brasileiras que receberam o medicamento Zolgensma. Com um custo de dois milhões de euros por pessoa, este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa. Constituida por 17 deputados, a comissão terá quatro meses para concluir o seu trabalho. ANTÓNIO COTRIM/LUSA

28 Junho 2024, 16h07

O advogado da mãe das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma afirmou hoje na comissão parlamentar de inquérito que Daniela Martins foi alvo de uma “mentira calculada” por parte de um deputado e também de um “assassinato mediático”.

Estas críticas foram deixadas por Wilson Bicalho na intervenção inicial que fez na comissão de inquérito sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o medicamento Zolgensma.

O advogado aproveitou esse momento para “fazer a defesa” da sua cliente, que foi ouvida na comissão de inquérito na sexta-feira passada.

Wilson Bicalho disse que Daniela Martins “foi covardemente confrontada” por “um deputado desta casa” com documentos que diziam “que tinha entrado com uma ação na justiça brasileira” para aceder a um medicamento que não o Zolgensma em “agosto de 2019”, e indicou que “o processo em questão é datado de 17 de setembro de 2019”, salientando que é posterior à atribuição da nacionalidade portuguesa às duas crianças.

O pedido para as crianças terem acesso ao Zolgensma foi feito “em 10 de dezembro”.

“É triste dizer isso, mas a minha cliente foi confrontada com uma mentira calculada, contada sem demonstrar compaixão humana”, e com o objetivo de alimentar “jogos de bastidores”, criticou.

O advogado da mãe das gémeas criticou também a comunicação social pelo tratamento do caso, defendendo que Daniela Martins foi alvo de um “assassinato mediático” e um “ataque grosseiro, desumano, covarde”.

“É inaceitável e desprezível”, afirmou.

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