Caso Negreira: Barcelona terá organizado jantares de árbitros com karaoke

8 meses atrás 96

Começam a surgir novos detalhes da investigação que a Guardia Civil apresentou à Justiça espanhol sobre o caso Negreira, que investiga indícios de corrupção relacionados com o Barcelona. Os jornais El Mundo e El Confidencial revelaram nesta quarta-feira alguns dos pormenores das investigações que foram entregues ao juiz responsável.

Nos últimos meses, a Guardia Civil interrogou cerca de vinte árbitros espanhóis para esclarecer o grau de influência do antigo vice-presidente do Comité Técnico de Arbitragem (CTA), José María Enríquez Negreira, nas suas decisões.

Como refere o El Confidencial, a investigação confirmou a existência de jantares para árbitros organizados pelo clã Negreira num bar de que eram proprietários em Barcelona, quando se deslocavam a Camp Nou para arbitrar os jogos do Barça em casa.

Noutro momento, foi confirmada a existência de festas de karaoke durante esses jantares. Além disso, o diretor de arbitragem promovia deslocações "em carros de luxo" pela cidade a cargo de Javier Enríquez Romero. A informação sugere que os árbitros não recusaram este acompanhamento por ser "o filho do patrão".

Relativamente a estas deslocações de carro para o estádio, segundo o El Confidencial, Negreira Jr. acompanhou o árbitro Jaime Latre em "duas ou três ocasiões" quando este teve de ir arbitrar jogos em Barcelona. Segundo o próprio, levou-o "em dois carros de luxo". "Eram Mercedes Coupé GLE escuros, eram carros que chamavam a atenção", salientou. De acordo com as informações deste jornal, no seu depoimento à Guardia Civil, Jaime Latre disse que isso aconteceu com "a maioria dos árbitros" que se deslocaram a Barcelona.

O "Caso Negreira" veio à luz da ribalta em meados de fevereiro de 2023, quando foi revelada uma investigação sobre uma possível corrupção por parte da Agência Tributária, envolvendo José María Enríquez Negreira, antigo árbitro de futebol espanhol que foi também vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros entre 1994 e 2018, e o Barcelona, clube do qual o árbitro terá recebido pagamentos no valor total de 7,3 milhões de euros, acreditados pela Agência Tributária e pelo Ministério Público, enquanto exercia as suas funções no CTA.

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