Catalunha: Possível detenção de Puigdemont marca sessão de investidura do Parlamento

1 mes atrás 58

Sessão de investidura pode ser marcada pela detenção de Carles Puigdemont, que foi eleito deputado na Catalunha, e que passou quase sete anos exilado na Bélgica. Apesar de ter beneficiado de amnistia, o crime de peculato não foi integrado nessa amnistia pelo que a ordem de detenção se mantém.

O Parlamento da Catalunha realiza esta quinta-feira a sessão de investidura do seu novo presidente, numa investidura marcada pela possibilidade de detenção de Carles Puigdemont, eleito deputado na Catalunha.

Tudo aponta para que Salvador Illa assuma o cargo devido ao apoio do seu partido, o PSC, do ERC e da Câmara dos Comuns. Isto deve ser suficiente para ter os 68 votos necessários para tomar posse como presidente.

Contudo, esta sessão de investidura pode ser marcada pela detenção de Carles Puigdemont, que foi eleito deputado na Catalunha, e que passou quase sete anos exilado na Bélgica. Apesar de ter beneficiado de amnistia, o crime de peculato não foi integrado nessa amnistia pelo que a ordem de detenção se mantém.

Carles Puigdemont anunciou que tinha intenção de estar presente na possível investidura de Salvador Illa como presidente da Catalunha.

Essa sua presença pode trazer os seus problemas tendo em conta que a agência EFE reporta que os Mossos d’Esquadra (designação da polícia da Catalunha) colocaram em ação o dispositivo “Cage”, com controlos em várias rotas de saída de Barcelona, com o objetivo de localizar Carles Puigdemont, e detê-lo.

A detenção, explica o El Economista, deve-se ao facto do Supremo Tribunal ter recusado incluir o crime de peculato como integrando a lei da amnistia, pelo que a ordem de detenção de Carles Puigdemont se mantém.

Mesmo perante a possibilidade de detenção Carles Puigdemont deve contar com o apoio da população. Isto porque, de acordo com a Europa Press, cerca de 3.500 pessoas, devem marcar presença numa manifestação, que foi convocada para as 08h00, perto do parlamento, em Barcelona, em apoio a Carles Puigdemont.

Pouco antes das 9h00, Carles Puigdemont acabou por discursar, à entrada do Parque da Cidadela, reportou o El Economista, perante os seus apoiantes. Perto do final da sua intervenção, Carles Puigdemont disse “passe o que se passar, quando nos voltarmos a ver, espero que possamos voltar a gritar viva a Catalunha livre”.

A partir deste momento, o paradeiro de Puigdemont é incerto. Após o seu discurso, a imprensa espanhola dá conta que Carles Puigdemont terá integrado uma marcha lenta, em direção ao parlamento da Catalunha, junto com os seus seguidores.

Ler artigo completo