Partido Socialista da Catalunha obteve 28% dos votos e acabou com a maioria dos independentistas que se mantinha há 14 anos.
O Partido Socialista da Catalunha, representante do PSOE na região, venceu as eleições catalãs do passado dia 12 de maio. O ex-ministro da Saúde de Pedro Sánchez, Salvador Illa, conseguiu quase 28% dos votos que dão aos socialistas 42 assentos no Parlamento regional e acabam com uma maioria de partidos independentistas que se mantinha há já catorze anos.
Mas ainda há muito em aberto, com os cenários de formação de Governo a prometerem ser polémicos. Isto porque Carles Puigdemont – candidato principal do Junts per Catalunya e peça fundamental para a manutenção do Governo nacional liderado por Sánchez – deverá pressionar os socialistas. Cientes do impacto que uma rutura com o Junts de Puigdemont poderá ter na continuidade da legislatura nacional do PSOE, o PSC sabe que terá de dialogar, mas deixou já clara a intenção de não apoiar a investidura do independentista, ficando assim descartada a possibilidade de ceder a liderança do Governo catalão.
Quem tem razões para celebrar, ainda que modestamente, é o Partido Popular, que quintuplicou o seu número de assentos – passando de três para quinze no Parlament e bateu o Vox, que manteve os mesmos onze mandatos, mas conseguiu somar mais 30 mil votos aos que obteve nas eleições de 2021.
Não se adivinham tempos fáceis para Sánchez e para o PSOE, seja na Catalunha ou a nível nacional. O gelo fino, no qual tem operado desde que perdeu as eleições, apoiando-se nos independentistas para formar Governo, pode estar prestes a quebrar.