Catamo não é catana, mas também corta caminho. Notas do Estoril-Sporting

3 horas atrás 26

O Sporting deu, ao início da noite desta sexta-feira, mais um passo no sentido da renovação do título de campeão nacional, ao visitar e derrotar o Estoril, por categóricos 0-3, perfazendo um registo de sete vitórias conquistadas ao cabo de tantas outras jornadas.

Uma partida complicada, apesar do resultado, sobretudo, devido à postura adotada pelos canarinhos, que procurou, de todas e maneiras e feitios, cortar os caminhos para a baliza à guarda de Joel Robles. No entanto, a verdade é que, perante uma equipa em tão bom momento, esta estratégia durou apenas... 25 minutos.

Depois de Francisco Trincão e Hidemasa Morita terem ameaçado o golo, à terceira, Geny Catamo não foi tão gentil, e, assistido por Matheus Reis, colocou a bola no fundo das redes adversárias, para abrir caminho ao triunfo.

Seis minutos depois, foi a vez de Hidemasa Morita fazer, também ele, o gosto ao pé, a passe de Francisco Trincão, que, ainda antes do apito para o intervalo, viu o poste 'roubar-lhe' o que parecia um golo certo, mantendo os homens da casa 'vivos' no jogo.

No segundo tempo, o conjunto comandado por Rúben Amorim deixou o jogo 'partir-se' e ainda passou por alguns sobressaltos. Ainda assim, deu mais uma prova de consistência defensiva, alcançando o sexto jogo consecutivo sem qualquer golo sofrido, antes de sentenciar o resultado, por intermédio de Daniel Bragança.

Feitas as contas, o Sporting passa a somar 21 pontos conquistados em 21 possíveis, e é líder isolado, com seis pontos de vantagem sobre o FC Porto, que ainda vai receber o Arouca. Já o Estoril, é 13.º classificado, com os mesmos seis pontos com que entrou para esta ronda.

Figura

Num jogo tão 'cerrado', era preciso um agitador de excelência, e foi, precisamente, isso que Geny Catamo se revelou. No regresso ao onze titular, o internacional moçambicano foi um dos principais responsáveis por 'desmanchar' a defesa adversária, e o golo marcado foi a 'cereja no topo do bolo'.

Surpresa

A estreia a titular serviu para perceber, ao certo, aquilo que Maxi Araújo pode dar a este Sporting. Perante uma defesa cerrada, o internacional uruguaio não se coibiu de puxar para si os 'holofotes', apostando nas iniciativas individuais e ensaiando cruzamentos perigosos, a partir da ala esquerda do ataque.

Desilusão

Perante um Estoril que não lhe deu o mínimo espaço para 'respirar', Viktor Gyokeres não conseguiu, desta vez, encontrar um 'buraquinho' para fazer a diferença. 'Engolido' por duelos individuais, o avançado acabou por passar ao lado do jogo, desfazendo o 'mito' de que, no Sporting, há uma excessiva 'dependência' do que consegue fazer.

Treinadores

Ian Cathro: Derrotar um Sporting com tamanho pendor ofensivo nunca seria fácil, mas a verdade é que o treinador escocês apostou numa abordagem exageradamente ofensiva. O Estoril colocou todos os jogadores atrás da linha da bola e preocupou-se, sobretudo, em não sofrer. Quando sofreu... nada mais sobrou.

Rúben Amorim: Desde cedo ficou evidente que seria necessário um Sporting extremamente paciente para levar algo do Estádio António Coimbra da Mota. E a verdade é que a equipa não se precipitou. Soube fazer circular a bola e aguardar pelo momento certo para 'matar' um jogo que poderia tornar-se complicado.

Árbitro

Uma noite de muito trabalho para João Gonçalves, particularmente, na primeira parte, onde ignorou (e bem) um pedido de grande penalidade de cada um dos lados da 'barricada'. No lance do golo de Geny Catamo, fica a sensação de que poderia ter assinalado falta sobre Wagner Pina, mas, dado o critério adotado, não choca que não o tenha feito.

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