Celta de Vigo-Benfica, 2-2 (crónica)

2 meses atrás 64

Um Benfica vistoso e sólido na primeira parte - ao ritmo de Vangelis Pavlidis - e mais lento e com algumas dificuldades na segunda deixou escapar a vantagem de 2-0 conseguida em 45 minutos e empatou contra o Celta de Vigo (2-2), no segundo de dois jogos em dois dias no Estádio Municipal de Águeda.

Com dois 11’s distintos na primeira e na segunda parte, Roger Schmidt deve ter gostado mais – assim como os adeptos do Benfica – do que viram nos primeiros 45 minutos. O bis de Pavlidis, porém, não fez a diferença no resultado. Um ligeiro “apagão” da águia permitiu o empate do Celta no espaço de quatro minutos, dos 70 aos 74, e o jogo terminou com um empate. Haverá por isso ilações a tirar para a pré-época. Claro que é bom arrepiar caminho desde cedo, mas também progredir a partir do que não corre tão bem.

Depois dos bons indicadores ante o Farense, Schmidt lançou os argentinos Rollheiser e Prestianni na equipa titular, além de João Mário. Tirou Barreiro, Florentino e Marcos Leonardo. Perante um adversário estruturado num 3x4x3, João Mário e Rollheiser surgiram na zona central do meio-campo, Aursnes mais à esquerda e Neres à direita. Prestianni apareceu ao meio como homem mais próximo de Pavlidis.

Ao contrário do jogo com o Farense, o Benfica não demorou a impor-se no jogo contra o Celta. Entrou com atitude, agressividade positiva e as boas combinações, explorando bem os espaços descobertos pelos espanhóis. Com alguma naturalidade, chegariam os golos.

Pavlidis x2: do susto à festa… foi um saltinho

Os minutos iniciais do jogo ficaram marcados por uma queda aparatosa de Pavlidis ao minuto seis. O grego tentou evitar a saída de bola pela linha lateral e acabou por saltar os placards para lá do terreno de jogo, caindo para a escadaria de acesso aos balneários. Deu uma cambalhota, caiu sentado e deu logo sinal de estar bem. Mas podia ter corrido muito, muito mal…

Do susto inicial ao golo, foi… um saltinho. O Benfica foi-se aproximando da área do Celta e Aursnes foi travado por Jailson para um penálti que Pavlidis transformou em golo (13m). Segundo jogo, segundo golo para Pavlidis, que ainda faria mais uma vez as delícias dos adeptos.

Minuto 28, 2-0 no marcador. Vangelis, Vangelis Pavlidis a dar música aos benfiquistas, depois de uma grande jogada pelo meio iniciada entre João Mário e Rollheiser e concluída com uma combinação do grego com Neres, até um “chapéu” perfeito de primeira a bater Iván Villar.

A primeira parte mostrou um Benfica sólido, com Neres e Aursnes muitas vezes a darem apoio no meio entre as subidas de Carreras ou Tiago Gouveia (voltou a ser testado a lateral-direito) pelos respetivos corredores. Tomás Araújo fez uma bela exibição no centro da defesa e Samuel Soares foi negando os caminhos do golo ao Celta. O guarda-redes ainda hesitou num lance a caminho do intervalo, mas no geral esteve bem.

Segunda parte: um Benfica entre Aspas a sofrer o empate

Tal como contra o Farense, Schmidt mudou todo o onze inicial conta o Celta e o ritmo de jogo também foi, com o passar do tempo, tendo semelhanças com o que aconteceu ante os algarvios. Baixou: só que desta vez o Benfica não ganhou outra margem no resultado e o Celta acabaria por estragar o marcador aos encarnados, que deixaram à vista algumas dificuldades (sobretudo atrás, com mais juventude em campo).

Com um ataque a ter Marcos Leonardo mais próximo de Arthur Cabral (por comparação a Rollheiser-Pavlidis), o Benfica até teve alguma chegada à área do Celta e Schjelderup ameaçou o 3-0 num remate cruzado na área (56m). Não aconteceu e, já depois de o Celta ter ensaiado algumas aproximações à baliza, tudo mudou a partir do minuto 70 e o Celta foi do 2-0 ao 2-2 em quatro minutos.

Primeiro, após um mau passe de Florentino da direita para a entrada da área defensiva, Iago Aspas (tinha entrado há um minuto) rematou para bater André Gomes. Ao minuto 74, Parente deixou passar uma bola vinda da esquerda do ataque do Celta e Pablo Durán rematou cruzado para o empate.

O Benfica dava sinais de desequilíbrio e dificuldade e o jogo ganhou vertigem. Schjelderup bem tentou de um lado e o Celta também podia ter conseguido a reviravolta, mas a igualdade persistiu.

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