Há oito anos Cecília pensou se devia e tornou-se voluntária numa loja de caridade do Algarve, que permite à Associação Cadela Carlota angariar verbas para a causa animal na região. Foi a mesma vontade de ajudar os outros que a impulsionou a criar este cemitério para animais.
“Telefonavam-me às três ou quatro da manhã a dizer ‘o meu cão acabou agora de morrer, o que é que eu faço ao corpo?'. Quer dizer, as pessoas vivem em apartamentos, por isso assim é muito mais fácil”, explica a fundadora do projeto, Cecília Carmo.
Nestas urnas jazem cães, gatos e até pássaros. Os preços podem ir dos 67 aos 84 euros, dependendo do porte do animal e do período de ocupação, que começa nos três anos.
“São a companhia para muitas pessoas, às vezes até com base no isolamento têm como parceiro o seu animal de estimação. Depois quando Deus os leva, ficam aqui, as pessoas vêm cá pôr florinhas normais como põe por um humano e isso é satisfatório”, afirma o vereador da Câmara de Lagos, Luís Bandarra.
Vai aumentar de capacidade, pela terceira vez, para 158 campa devido à elevada procura, e o vereador da Câmara de Lagos explica ainda que as urnas podem ser adquiridas tanto por locais como por turistas.
N'A Cadela Carlota, que abriga de momento mais de 150 cães e gatos, os pedidos de ajuda são uma constante. Por norma, é a associação que orienta os donos também na hora da perda mediante as opções disponíveis.
“As pessoas não querem pôr o corpo em qualquer sítio como antes faziam. Para elas é o ter esse consolo sobre dar um bom seguimento à questão do corpo”, conta uma das voluntárias Rute Gomes.
O projeto é único no Algarve, existindo apenas mais três cemitérios repartidos pelo norte e centro do país.
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