As manifestantes, vestidas de negro, exibiam faixas e cartazes com frases como "12.000.000 de vítimas desde 1994", "solidarizemo-nos com as mulheres e as famílias do leste da RDCongo" ou "o Congo permanecerá uno e indivisível".
A manifestação, organizada a pedido da ministra do Género, da Família e da Infância, Mireille Masangu, contou com a participação sobretudo de mulheres políticas e funcionárias públicas.
Ao contrário das manifestações de dezenas de jovens que atacaram instalações das Nações Unidas (ONU) e embaixadas ocidentais no final da semana passada e na segunda-feira, esta manifestação foi pacífica e supervisionada pela polícia.
No final, Mireille Masangu apresentou um memorando denunciando "as ambições expansionistas do Ruanda (...) e a exploração dos recursos naturais da RDCongo".
A ministra condenou o "silêncio" e a "cumplicidade da comunidade internacional representada pelos Estados Unidos da América, França, Bélgica, Reino Unido e Polónia" e a sua "política imoral de apoio aos agressores (da RDCongo), por um lado, e de respostas humanitárias inadequadas, por outro".
"Queremos paz, paz para as nossas famílias, para os nossos parentes", insistiu a ministra.
A província de Kivu do Norte, da qual Goma é a capital, está em conflito desde o final de 2021 entre o Movimento 23 de março (M23), alegadamente apoiado por unidades do exército ruandês, e o exército congolês, associado nomeadamente a grupos armados conhecidos como "patriotas".
Nos últimos dias, os confrontos intensificaram-se em direção a Sake, uma cidade a cerca de 20 quilómetros a oeste de Goma que é considerada uma localização estratégica na estrada para a capital da província.
Leia Também: Itália não julga trabalhadores por assassínio de diplomata na RDCongo