Ainda assim, as razões que podem levar ao aumento da migração durante este ano são as campanhas eleitorais que vão decorrer em 2024.
Isto porque a questão dos refugiados é um tema fraturante e estes “vão querer vir para a Europa antes que a regras mudem”, afirma Michael Spindelegger.
A guerra no Médio Oriente e a perspetiva de Donald Trump voltar à Presidência dos Estados Unidos vai dar fôlego a esse aumento.
O antigo vice-chanceler austríaco Spindelegger diz que “o número de migrantes que vai procurar a Europa ultrapassará os números de 2023”.
Por isso, o apelo do Centro para o Desenvolvimento das Políticas Migratórias para que os líderes europeus reforcem medidas que ajudem a criar rotas legais de migração.
O think tank acrescenta outra solução: o apoio a iniciativas privadas que façam o recrutamento direto de mão-de-obra na Ásia e em África, principais origens dos migrantes que procuram o bloco europeu.
A Comissão Europeia afirmou recentemente que a UE precisa de mais um milhão de trabalhadores para manter a força de trabalho.
No entanto, o director-geral do think tank garante que as necessidades de mão-de-obra são muito superiores.
Este think tank tem ajudado mais de 100 projetos que envolvem empresas privadas que dão formação a pessoas de países fora da Europa antes de as trazerem para o continente europeu.
Por exemplo, os governos alemão e austríaco apoiaram um projeto na Nigéria para formar canalizadores e eletricistas, antes de imigrarem para a Europa.