CGD estranha greve do STEC “em período eleitoral”

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O banco reagiu ao pré-aviso de greve do STEC para 1 de março dizendo que “estamos a viver um período eleitoral, com vista às eleições legislativas de 10 de março, e esta greve corre o risco de confundir processos negociais com posições políticas”.

A Caixa Geral de Depósitos estranha a marcação de uma greve por parte do STEC, sindicato afeto à CGTP- Intersindical, tendo em consideração que “está em curso o normal processo negocial que se iniciou há apenas algumas semanas” e “paralelamente ao processo negocial da Caixa, a sua concorrência no mercado, está igualmente num processo negocial, com propostas muito inferiores às que a CGD apresenta na mesa das negociações”.

O STEC, a Organização Sindical dos trabalhadores do Grupo CGD, apresentou um pré-aviso de Greve ao Grupo Caixa Geral de Depósitos para o próximo dia 1 de março de 2024.

O banco liderado por Paulo Macedo refere que “estamos a viver um período eleitoral, com vista às eleições legislativas de 10 de março, e esta greve corre o risco de confundir processos negociais com posições políticas”.

A proposta de aumentos salariais que a Caixa colocou em discussão “é muito superior aos 3,25% (entre 3,00% e 6,74% de aumento, em função do nível remuneratório) de aumento na tabela salarial”.

“Se considerarmos as promoções, prémios e incentivos, a proposta traduz-se num aumento da massa salarial global de 7,2%. Mesmo excluindo a componente variável de prémios e incentivos, que, no ano passado, foi recebida por 93% dos trabalhadores, a proposta significa um incremento de 4,36%”, realça a CGD.

A Caixa diz perceber “que se queira colocar o foco apenas e só na tabela salarial e nas cláusulas de expressão pecuniária, não valorizando as restantes componentes da remuneração. No entanto, o mais relevante para os seus trabalhadores é a remuneração na sua globalidade, que se reflete na massa salarial total”.

“A proposta de aumento salarial para 2024 reflete o reconhecimento pela Caixa do contributo dos trabalhadores para os resultados alcançados”, mas tem igualmente em conta o atual contexto económico, a posição competitiva da CGD, e “as condições muito favoráveis, face aos seus concorrentes, em vigor na empresa”.

O banco destaca que o crescimento da massa salarial na CGD, considerando apenas o aumento da tabela salarial e as promoções, foi superior, no período global 2018–2023, aos valores registados de inflação (19,7% de crescimento, face a 15,4% da taxa de inflação), “o que se traduz num justo aumento do poder de compra dos trabalhadores da Caixa”, defende a administração do banco.

No ano passado e, considerando apenas o aumento na tabela e as promoções, a massa salarial aumentou 6,1%. “A este valor devem ainda ser somados os prémios e incentivos comerciais pagos”, acrescenta.

A CGD lembra ainda que “desde 2017, foram promovidos, pelo menos uma vez, 85% dos trabalhadores no ativo”.

Relativamente ao prémio de desempenho e potencial, que é atribuído por decisão de gestão, em 2023 foi atribuído a 90% dos trabalhadores.

O banco invoca também que o valor dos Incentivos Comerciais de 2023 duplicou face ao ano anterior. No último ano, se for considerado o prémio de desempenho e os incentivos comerciais pagos, 93% dos trabalhadores auferiram remuneração variável.

A Caixa recorda que, “desde que foram retomadas as atualizações anuais da tabela salarial, tem havido consenso com a maioria dos Sindicatos e acredita que a proposta apresentada valoriza os salários e promove a melhoria das condições de vida de todos os seus trabalhadores e aposentados”.

“Importa referir que a CGD apresenta aos seus trabalhadores as melhores condições de reforma e pré-reforma”, acrescenta o banco em comunicado.

“Na CGD é possível aceder à reforma completa com 36 anos de descontos e 60 anos e à pré-reforma com 55 anos de idade e 31 anos de descontos, recebendo 80% do salário até chegar à idade de reforma”, sublinha o banco em reação ao pré-aviso de greve.

“Caso se realize a greve, a Caixa promete que “vai minimizar o impacto que poderá ter nos seus clientes, como tem feito em situações semelhantes”.

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