CGD vende BCA em Cabo Verde à Coris

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O banco revela que caso se venha a confirmar o preço global, “este deverá gerar mais-valias da ordem dos 15,795 milhões de euros”. O impacto no capital é de 0,38%.

A Caixa escolheu a Coris Holding para vender quase 60% do Banco Comercial do Atlântico por 70,5 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou que, “no âmbito do processo de alienação da sua participação acionista, direta e indireta (através do Banco Interatlântico), no Banco Comercial do Atlântico,  de direito cabo-verdiano, foram efetuadas desde 2019 as diligências necessárias à execução do processo, cujos resultados numa primeira fase foram condicionados pelo contexto pandémico”.

“Na sequência das propostas vinculativas recebidas dos potenciais investidores selecionados pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 108/2023, de 19 de setembro, o Conselho de Ministros procedeu hoje à seleção da Coris Holding para adquirir ações representativas de 59,81% do capital social do BCA”, lê-se no comunicado.

A participação no BCA será alienada por um preço global de 7.774,91 milhões de escudos cabo-verdianos, cerca de 70,511 milhões de euros, segundo o banco liderado por Paulo Macedo. “Estes valores estão sujeitos a ajustamentos decorrentes da variação patrimonial do BCA, respetivamente, entre a data de referência estabelecida nos acordos de venda direta e o último dia do mês anterior à respetiva data da sua efetiva alienação”, acrescenta.

O banco revela que caso se venha a confirmar o preço global, “este deverá gerar mais-valias da ordem dos 15,795 milhões de euros”.

Quanto ao impacto no capital da CGD, a alienação deverá resultar num aumento superior a 38 pontos base no rácio de solvabilidade, resultantes da
conjugação da mais-valia gerada e da diminuição dos ativos ponderados pelo risco.

“Na sequência da referida seleção, serão assinados os instrumentos contratuais, de acordo com o prazo estabelecido no Caderno de Encargos” anuncia a CGD.

“A concretização da referida alienação está sujeita à verificação das habituais condições suspensivas, incluindo as regulatórias aplicáveis, e às formalidades de direito cabo-verdiano”, revela o comunicado.

“Esta alienação, inserida no plano de reorganização da atividade internacional da CGD iniciado e aprovado em 2017, não se traduz na saída da Caixa Geral de Depósitos do mercado cabo-verdiano, continuando a manter a sua presença naquele país através do Banco Interatlântico, mas contribui para a racionalização da estrutura internacional do Grupo, para o reforço dos capitais próprios do banco, para um maior foco na sua atividade e para a redução do seu perfil de risco”, lê-se na nota.

“Até à conclusão do processo, a Caixa Geral de Depósitos mantém o seu total comprometimento com os colaboradores do banco os seus clientes, garantindo todo o apoio corporativo enquanto acionista do Banco Comercial do Atlântico”, acrescenta.

No âmbito do processo de alienação do Banco Comercial do Atlântico, a CGD contratou como assessor financeiro o Caixa – Banco de Investimento.

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