"É necessário investir mais e melhor na nossa segurança e defesa", disse Charles Michel, na abertura do segundo fórum do Banco Europeu de Investimento (BEI), no Luxemburgo.
O presidente do Conselho Europeu, que está no final do mandato, acrescentou que pertence a uma geração "que sempre olhou para a UE como um projeto de paz e prosperidade".
Os dois conceitos "estão intrinsecamente ligados, cada um é condição para o outro" e recordou que, na conceção do projeto europeu, Robert Schuman também tinha "presente que a paz só era possível através da segurança".
Charles Michel insistiu que os 27 países do bloco comunitário, do qual Portugal faz parte, têm de investir na defesa, advertindo que "hoje a paz e a segurança estão sob ataque".
"[A segurança] é um pilar para a nossa soberania europeia e precisamos de agir de uma maneira mais decisiva", acrescentou.
Perante os investidores, Charles Michel aproveitou para pedir mais investimento na produção de munições, que continua a ser uma lacuna da UE desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há praticamente dois anos, com o armazenamento depauperado e hoje a impossibilidade de responder às necessidades cada vez maiores da Ucrânia, ainda que a União tenha feito essa promessa.
A Lusa viajou a convite do Banco Europeu de Investimento.
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