Chega quer comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas no Santa Maria

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Depois de serem conhecidos os dados da auditoria do hospital Santa Maria ao caso das gémeas luso-brasileiras, André Ventura diz que o caso “configura um crime, configura uma interferência abusiva”.

O líder do Chega, André Ventura, afirma que o partido vai “avançar, no início da próxima sessão legislativa, com uma comissão parlamentar de inquérito” ao caso das gémeas luso-brasileiras “porque entende que, agora com a confirmação da parte da senhora presidente do conselho de administração do hospital de Santa Maria, temos o processo decisório que fazia falta para saber que houve efetivamente uma interferência política abusiva”.

Não será agora, mas sim mais tarde porque “o país sabe que não vale a pena lançar uma comissão de inquérito quando faltam 20 dias para o parlamento ser dissolvido. Penso que esta interferência que foi hoje revelada pela auditória leva a que os políticos tenham uma atitude proativa nesta matéria e não deixem passar aquilo que é o escrutínio obrigatório”, sublinha o líder do Chega.

Depois de serem conhecidos os resultados da auditoria ao hospital Santa Maria sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, que revelaram que a primeira consulta das gémeas foi marcada na sequência de um contacto feito pelo gabinete de Lacerda Sales, André Ventura considera que “será consensual, do ponto de vista da jurídico, que isto configura um crime, configura uma interferência abusiva e não há agora nenhuma desculpa para que as autoridades públicas, políticas e judiciais não atuem de forma célere neste caso”.

“Os dados que esta tarde conhecemos, não deixam margem para dúvidas, de que houve uma interferência política abusiva, que se procurou dissimular e esconder ao longo do tempo; quer durante o processo da pandemia, quer depois, após ser mediaticamente conhecido.

Perante estes dados o partido anunciou esta manhã que iria chamar os pais destas meninas ao parlamento, através de meios digitais uma vez que se encontram no Brasil, sendo que Ventura considera que isto “é o mínimo que podem fazer depois do sistema nacional de saúde ter contribuído com milhões de euros para o tratamento dos seus filhos, num caso que implica os poderes públicos e os órgãos de soberania, acho que é o mínimo que podem fazer é estar disponíveis para o esclarecimento que o parlamento quer pedir sobre esta matéria”.

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