Chega quer debate sobre incêndios e pede demissão do líder da Proteção Civil

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Grandes Incêndios

23 set, 2024 - 13:01 • Vítor Mesquita com Lusa

André Ventura quer que seja a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, a prestar esclarecimentos aos deputados sobre o combate aos fogos.

O líder do Chega quer o Governo no Parlamento para um debate sobre o que “correu mal” no combate aos incêndios da semana passada.

Em declarações esta segunda-feira na sede nacional do partido, em Lisboa, André Ventura disse esperar que sejam retiradas consequências, desde logo, a saída do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil e anunciou que pediu o agendamento de um debate para ainda esta semana.

“O Chega decidiu chamar de urgência o governo ao parlamento para um debate esta quinta-feira em relação à matéria dos incêndios”, anunciou o presidente do partido.

“Sobretudo sobre o que correu mal em relação aos incêndios e sobre o que podemos fazer para prevenir que não voltem a acontecer desta forma e, também, e exigir à senhora ministra algumas consequências que podem decorrer do debate”, sublinhou André Ventura destacando que há uma [consequência], “que nos parece decorrer já neste momento que é substituição do responsável máximo da proteção civil”, defendeu.

Segundo André Ventura o pedido de agendamento foi apresentado esta segunda-feira e o objetivo do partido é que este debate ocorra na próxima quinta-feira antes do plenário agendado para a tarde desse dia.

O Governo pode apresentar a debate qualquer membro do executivo, mas André Ventura explicou que o Chega pretende que seja a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, a prestar esclarecimentos aos deputados e que já encetou contactos com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, para garantir a presença da responsável pela Proteção Civil.

O presidente do Chega disse ainda que pretende apurar "se houve ou não falhas mais graves" do que as apontadas e perceber a veracidade sobre os relatos de autarcas do país sobre a alegada indisponibilidade da ministra para ser contactada durante os incêndios - que já foi negada pela própria governante.

Os grandes incêndios que começaram a 15 de setembro no norte e centro do país consumiram 125 mil hectares de área. Cinco pessoas morreram por consequência direta dos fogos, 182 ficaram feridas.


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