China apoia "reconhecimento total" da Palestina

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Wang Yi acrescentou que a China "vai insistir" na solução de dois Estados para garantir a "coexistência pacífica" entre israelitas e palestinianos.

"O atual conflito israelo-palestiniano já causou mais de 100 mil vítimas civis. Esta catástrofe humanitária é uma tragédia para a humanidade e uma vergonha para a civilização. Nada justifica a morte de civis e a comunidade internacional deve atuar para promover um cessar-fogo imediato", afirmou o responsável, à margem da Assembleia Popular Nacional (APN), a decorrer esta semana em Pequim.

O diplomata chinês afirmou que a assistência humanitária "deve ser garantida" em Gaza, "uma calamidade" que mostra que "a longa ocupação dos territórios palestinianos é um facto que não deve continuar a ser ignorado".

"A aspiração dos palestinianos a um Estado independente não pode continuar a ser ignorada. Não se pode permitir que a injustiça histórica com os palestinianos fique por corrigir. Restaurar a justiça para o povo palestiniano e implementar plenamente a solução de dois Estados é a única forma de quebrar o círculo vicioso dos conflitos israelo-palestinianos", considerou.

Wang garantiu que a China vai continuar a "apoiar firmemente" a "causa justa do povo palestiniano", bem como o pleno reconhecimento como Estado na ONU.

"Apelamos a alguns membros do Conselho de Segurança para que não se coloquem no caminho para alcançar este objetivo. Acreditamos que a Palestina e Israel devem retomar as conversações de paz o mais rapidamente possível para atingir o objetivo final de uma coexistência pacífica como dois Estados e para que os povos árabe e judeu vivam em harmonia como dois grupos étnicos", afirmou.

A China está empenhada no "compromisso e na solução política para resolver desacordos e disputas" e evitar "o uso da força ou de pressões e sanções".

"O que é necessário é o diálogo com a máxima paciência, procurando um terreno comum que satisfaça as necessidades de todas as partes em todas as questões polémicas. A China promove sempre as conversações para a paz. A China nunca atira achas para a fogueira", sublinhou.

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