China propõe medidas para desenvolver economia para pessoas idosas

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O Conselho de Estado (Executivo) publicou um documento que se centra em quatro aspetos: resolver os problemas urgentes dos idosos, expandir a oferta de produtos para esta faixa etária, cultivar setores potenciais e reforçar o apoio financeiro a estas indústrias.

De acordo com o ministério dos Assuntos Civis, existem cerca de 280 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país, ou seja, 19,8% da população total.

O documento sublinha a necessidade de apostar na inovação dos produtos destinados aos idosos, no desenvolvimento de novas formas de cuidados inteligentes, na indústria da reabilitação e dos dispositivos de assistência e na indústria antienvelhecimento.

O mesmo documento incentiva o desenvolvimento de alimentos saudáveis e soluções médicas especiais que se adaptem à forma como os idosos comem e mastigam ou o fabrico de veículos "que cumpram as normas técnicas e facilitem o transporte sem barreiras para os idosos".

O Conselho de Estado também prioriza os "dispositivos inteligentes" para cuidados domiciliários e promove a utilização de robots para cuidar dos idosos, realizar tarefas domésticas e evitar que os idosos se percam.

As autoridades chinesas apelam também ao reforço da investigação e da aplicação da tecnologia genética, da medicina regenerativa e dos lasers no domínio do tratamento do envelhecimento.

O documento salienta ainda que a oferta de produtos financeiros para os idosos deve ser aumentada e que os produtos de pensões e de seguros comerciais para os reformados devem ser diversificados.

Hu Zuxiang, diretor do Gabinete de Desenvolvimento Populacional do Departamento de Previsão Económica do Centro Nacional de Informação, disse aos meios de comunicação locais que a tecnologia é a "primeira força motriz para o desenvolvimento da economia relacionada com as pessoas com mais de 60 anos".

O Governo chinês apelou a "projetos para melhorar a adaptabilidade digital dos idosos", numa altura em que cada vez mais serviços na China são realizados através de pagamentos móveis ou através da rede social local Wechat.

Estima-se que, em 2035, haverá mais de 400 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país asiático, o que representa mais de 30% da população da China.

As autoridades alertaram para o facto de o envelhecimento da população colocar vários desafios à prestação de serviços públicos e à sustentabilidade da segurança social.

Em 2022, a China perdeu cerca de 850 mil pessoas em 2022, numa contagem que exclui as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e residentes estrangeiros, segundo dados oficiais.

A China encerrou assim o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, tendo registado 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes.

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