China protesta contra visita de ex-ministro da Defesa japonês a Taiwan

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"A questão de Taiwan está no centro dos interesses fundamentais da China e afeta a base política das relações entre a China e o Japão, sendo uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado.

A diplomacia chinesa afirmou que "só existe uma China e Taiwan é parte inseparável do seu território" e que, por conseguinte, a China "rejeita qualquer forma de interação oficial entre os países com os quais tem relações diplomáticas e Taiwan".

A mesma nota lembrou que "o Japão colonizou Taiwan durante meio século, cometendo numerosos crimes e deixando uma marca profunda na História". Neste contexto, a declaração exortou os políticos japoneses a "não esquecer as lições do passado e a reconhecer que existe apenas uma China, respeitando o princípio de `uma só China` e os acordos políticos entre os dois países".

O antigo ministro da Defesa japonês Shigeru Ishiba, que se encontra atualmente em viagem a Taipé com um grupo de deputados japoneses, sublinhou a importância de evitar qualquer conflito no estreito de Taiwan.

Numa reunião com o Presidente de Taiwan, William Lai, Ishiba sublinhou que a prioridade de Tóquio é assegurar que um cenário de guerra na região "nunca se concretize".

Ishiba afirmou que as possíveis respostas do Japão a um conflito naquele estreito não devem ser discutidas publicamente.

O antigo ministro da Defesa acrescentou que "a Ucrânia de hoje pode tornar-se a Ásia Oriental de amanhã".

Ishiba anunciou também a intenção de se candidatar a primeiro-ministro se obtiver apoio suficiente no Partido Democrático Liberal (PDL, conservador), no poder.

As declarações do antigo ministro da Defesa surgiram horas depois de o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ter anunciado a demissão da liderança do partido e consequentemente do Executivo, para promover "uma mudança" e "uma renovação" no PDL.

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