Christophe Ruggia vai a julgamento por agressão sexual 

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O realizador francês é acusado de agressão sexual agravada contra a atriz Adèle Haenel quando esta era menor.

O realizador francês Christophe Ruggia, que foi acusado, em 2019, de ter agredido sexualmente a atriz Adèle Haenel quando esta era menor, vai agora a julgamento por agressão sexual agravada.

Em 2019, Adèle Haenel denunciou “a complacência geral dos profissionais para com os agressores sexuais”, a quem responsabilizou pelo seu abandono da cerimónia de entrega de prémios César em 2020, no ano em Roman Polanski, acusado de violação, recebeu o prémio de melhor realizador pelo filme ‘J’accuse’.

No despacho judicial deste caso, a magistrada enunciou as denúncias “detalhadas, constantes e precisas” da atriz, “o seu estado de espanto” no momento dos acontecimentos, “as repercussões psicológicas” das agressões, “a significativa diferença de idade entre os dois protagonistas” e “a ocorrência de um progressivo constrangimento psicológico” imposto pelo realizador, o primeiro a filmar no filme ‘Les Diables’ (2002).

A juíza de instrução reconheceu as duas circunstâncias agravantes –  a menoridade da atriz à data dos factos e a posição de autoridade do cineasta – para avançar o caso para julgamento, que está agendado para Paris, em 09 e 10 de dezembro.

Os factos remotam a setembro de 2001 e fevereiro de 2004, quando Adèle Haenel tinha entre 12 e 15 anos. Na altura, com 36 a 39 anos, Christophe Ruggia recebeu-a todos os sábados à tarde, durante quase três anos, em sua casa.

Por outro lado, a juíza de instrução ordenou a rejeição das acusações pelas agressões sexuais denunciadas pela atriz durante festivais no Japão, em junho de 2002, e em Marrocos, em setembro de 2002.

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