Cimeira ASEAN-Austrália vai denunciar uso da força na região

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"Aspiramos a uma região onde a soberania e a integridade territorial sejam respeitadas" e "onde as diferenças sejam geridas através de um diálogo respeitoso e não através da ameaça ou do uso da força", lê-se num projeto de declaração conjunta obtido pela agência de notícias France-Presse.

"Aspiramos a uma região onde as diferenças sejam geridas através de um diálogo respeitoso, e não através da ameaça ou do uso da força", refere o mesmo documento da cimeira extraordinária de três dias em Melbourne (sudeste), para assinalar os 50 anos de relações entre a Austrália e a ASEAN.

Os objetivos expansionistas de Pequim no mar do Sul da China, por onde passam anualmente mercadorias no valor de biliões de euros, deverão ter um lugar de destaque na cimeira, que termina na quarta-feira.

As disputas territoriais intensificaram-se nos últimos meses neste corredor marítimo, cujas zonas são também reivindicadas por Filipinas, Vietname e Malásia, igualmente membros da ASEAN.

"Todos nós temos a responsabilidade de moldar a região que queremos partilhar: pacífica, estável e próspera", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana.

A Austrália anunciou a criação de um fundo para a cooperação em segurança marítima na estratégica região do Indo-Pacífico, chave para o comércio mundial e palco de tensões territoriais com a China.

A Austrália, um aliado histórico dos Estados Unidos, defende a liberdade de navegação no mar do Sul da China, por onde passa 30% do comércio mundial e que alberga 12% das zonas de pesca do mundo, bem como importantes jazidas de petróleo e gás.

Esta zona do Indo-Pacífico é reivindicada pela China por "razões históricas", mas também por Filipinas, Vietname, Malásia, Indonésia, Brunei e Taiwan.

A ASEAN foi fundada em 1967 e integra Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Vietname e Myanmar, tendo estabelecido um roteiro para a inclusão de Timor-Leste.

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